
Seis em cada dez brasileiros afirmam que trocariam sua dívida atual por outra com juros menores, caso tivessem a chance. O desejo, apontado por uma pesquisa da fintech meutudo com mais de 10 mil entrevistados, agora pode se tornar realidade para trabalhadores com carteira assinada.
Desde 16 de maio, está em vigor a portabilidade de empréstimos pessoais para o novo crédito consignado destinado a trabalhadores CLT. A medida permite transferir dívidas entre instituições financeiras, possibilitando renegociação com redução de até 70% nos juros.
Segundo o levantamento, 25% dos entrevistados afirmaram estar endividados, 15% com parcelas em atraso e 10% com o pagamento em dia. Entre os principais tipos de dívida citados estão o cartão de crédito (25%) e o empréstimo pessoal (23%).
“Os dados mostram que há um desejo claro por soluções de crédito mais acessíveis. A portabilidade de um Empréstimo Pessoal para o Consignado CLT pode ser uma alternativa para aliviar o peso das dívidas no orçamento, principalmente porque oferece taxas de juros mais baixas e desconto direto em folha, o que reduz o risco de inadimplência”, afirma Márcio Feitoza, CEO da meutudo.
A pesquisa também aponta que 61% dos entrevistados costumam se organizar para pagar suas dívidas em dia, o que, segundo o especialista, indica que muitos brasileiros estão abertos a renegociar e buscam formas de manter a saúde financeira. Por outro lado, o levantamento revelou que 36% das pessoas não possuem nenhuma reserva de emergência para situações imprevistas. Outros 31% afirmaram que têm algum tipo de economia guardada.
Segundo Feitoza, a portabilidade tem potencial para funcionar como uma ferramenta de reorganização financeira para quem já está endividado. “Muita gente contrata um empréstimo pessoal como crédito emergencial sem comparar as condições, e acaba pagando caro por isso. Com essa nova possibilidade, o trabalhador pode migrar para um contrato mais vantajoso, mantendo o controle do orçamento e, muitas vezes, reduzindo consideravelmente o valor total da dívida. É um passo importante para devolver poder de escolha ao consumidor”, completa.