No dia 12 de julho, a Sala Minas Gerais será cenário de um encontro inédito que une arte e solidariedade. A Orquestra Ouro Preto e o DJ Kvsh se apresentam juntos em um concerto especial que celebra os 60 anos da Obra Pavoniana de Belo Horizonte, instituição mineira reconhecida por seu trabalho contínuo de transformação social por meio da educação, cultura e acolhimento. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos pela plataforma Sympla.
A proposta artística parte do cruzamento de dois universos distintos — a música orquestral e a música eletrônica — em uma composição original, desenhada para provocar surpresa, sensibilidade e encantamento. Com regência de Rodrigo Toffolo, diretor artístico e maestro titular da Orquestra Ouro Preto, o concerto não divulgará previamente seu repertório.
Porém um pequeno spoiler será lançado no dia 4 de julho: a faixa “Potter 3.0”, releitura orquestral de um dos maiores sucessos de Kvsh, fará parte da apresentação. O single será lançado nas plataformas digitais e marca o encontro entre a pulsação eletrônica e a força emocional da música de concerto. “A música é um território de encontros. Ao lado do Kvsh, queremos criar uma experiência sensível e potente, capaz de emocionar e transformar, tanto artisticamente quanto socialmente”, afirma o maestro Rodrigo Toffolo.
Comemorando 25 anos em 2025, a Orquestra Ouro Preto se firmou como um dos grupos mais inovadores do país, conhecida por seus projetos que aproximam a música de concerto do grande público e exploram novas formas de expressão. O diálogo com outras linguagens musicais é parte central da trajetória do grupo, que já realizou colaborações com nomes de destaque da música popular brasileira. Neste novo projeto, a orquestra propõe um exercício de escuta ativa entre tradição e contemporaneidade.
Do outro lado do palco, Kvsh representa uma das vozes mais relevantes da cena eletrônica brasileira atual. Natural de Nova Lima (MG), o DJ celebra uma década de carreira com apresentações em grandes festivais nacionais e internacionais, além de uma presença marcante nas plataformas digitais. Reconhecido por sua versatilidade e capacidade de criar conexões com o público, o artista encara o concerto como um marco pessoal e artístico. “Sempre fui movido pelo novo, e dividir o palco com uma orquestra como a Ouro Preto é uma oportunidade única. Estamos preparando algo que vai surpreender e emocionar”, destaca.
A apresentação também cumpre um papel essencial de mobilização social. A Obra Pavoniana atua desde 1965 em Belo Horizonte, com projetos voltados à educação, cultura, formação profissional e atenção à terceira idade. Ligada à Congregação dos Filhos de Maria Imaculada, a instituição se inspira no legado de São Ludovico Pavoni para construir uma abordagem integral do cuidado e do desenvolvimento humano.
Atualmente, milhares de pessoas são atendidas diariamente pelas frentes de atuação da organização. Entre os projetos em andamento, estão o Atendimento Educacional Integrado, que oferece atividades educativas e culturais a estudantes da rede pública no contraturno escolar, e o Programa Jovem Pavoniano, voltado à formação e inserção profissional de adolescentes e jovens. Também se destaca o Grupo de Convivência da Terceira Idade, que promove bem-estar emocional, saúde e autonomia para idosos.
A escolha de realizar um concerto para celebrar os 60 anos da instituição surge como uma forma de potencializar o impacto de sua atuação e ampliar os canais de engajamento com a sociedade. Para Diomar Martins, gestor da Obra Pavoniana, a iniciativa é, acima de tudo, um convite à participação. “Celebramos o passado com gratidão, cuidamos do presente com responsabilidade e olhamos para o futuro com esperança. Esta apresentação é uma forma de reafirmar nosso compromisso com as comunidades que atendemos e de convidar o público a fazer parte dessa construção”, afirma.
Unindo música, memória e compromisso social, o espetáculo do dia 12 de julho propõe uma noite que é, ao mesmo tempo, celebração e mobilização. Uma experiência estética que se estende como gesto coletivo, capaz de transformar arte em ação social.