No mês de maio, Minas Gerais registrou saldo positivo de 20.287, resultado da diferença de 250.299 admissões e 230.012 desligamentos, conforme levantamento realizado pelo Sebrae Minas, a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Entre as unidades da federação, o estado ocupou a segunda posição na geração de empregos formais, atrás somente de São Paulo.
Minas Gerais conta, atualmente, com um estoque de 4.925.197 empregos formais, sendo que 56,2% desse total estão concentrados em microempresas e empresas de pequeno porte – MPE (2.768.386). Em maio, elas foram responsáveis por 85,7% do total de empregos gerados, totalizando 17.385 novas contratações. As médias e grandes empresas (MGE) registraram saldo positivo de 2.844 postos de trabalho – 14,0% do total. Os pequenos negócios criaram saldo 8,1% superior ao registrado em abril (16.087 vagas), e 3,3% acima do observado em maio do ano passado (16.835).
No acumulado de 2025, o estado contabilizou um saldo líquido de 124.272 novos postos de trabalho, sendo que as MPE foram responsáveis por 62,4% desse total, o equivalente a 77.541 vagas.
Entre os setores avaliados, destaque para Agropecuária (8.036), Serviços (4.246) e Comércio (2.943). As atividades econômicas que se destacaram foram Cultivo de Café (8.492), Comércio atacadista de alimentos (908), Atividades de apoio à gestão de saúde (889), Supermercados (455) e Transporte rodoviário de carga (447).
O perfil dos trabalhadores contratados aponta que 58,8% das vagas foram ocupadas por homens e 41,2% por mulheres, sendo que a maior parte são jovens (28,7%), na faixa etária de 18 a 24 anos, e possuem ensino médio completo (65,4%). O salário médio de admissão foi de R$ 1.997,87, valor R$ 23,91 abaixo do salário médio de demissão (R$ 2.021,78).
Contexto econômico e expectativa para os próximos meses
O mercado de trabalho formal em Minas Gerais mantém-se resiliente, com saldo positivo entre admissões e desligamentos ao longo dos primeiros meses de 2025. Apesar do desempenho relativamente favorável, observa-se uma leve perda de fôlego no saldo acumulado de novas vagas, com queda de 30,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As projeções do Banco Central indicam crescimento de 2,23% no PIB em 2025, abaixo do registrado em 2024 (3,4%). A inflação estimada é de 5,18%, superando o teto da meta, enquanto a taxa Selic deve encerrar o ano em 15% ao ano. Esses fatores podem restringir o consumo das famílias e afetar negativamente o desempenho das vendas empresariais.
“O mercado de trabalho mineiro apresenta sinais positivos, sustentado, principalmente, pelo dinamismo das micro e pequenas empresas. Contudo, as incertezas ainda presentes no contexto doméstico e internacional exigem atenção contínua. A evolução da confiança de consumidores e empresários nos próximos meses será determinante para confirmar ou reverter a tendência de moderação observada até o momento”, avalia a analista do Sebrae Minas Bárbara Castro.
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