
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e o Ministério da Saúde, o colesterol elevado está entre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, responsáveis por cerca de 30% a 40% das mortes no Brasil. Esse problema de saúde, que afeta milhões de pessoas e pode evoluir silenciosamente ao longo dos anos, está relacionado ao acúmulo de placas de gordura nas artérias, dificultando a circulação sanguínea.
Dados da Organização Mundial da Saúde também revelam que mais de 40% dos adultos no mundo têm níveis altos de colesterol, reforçando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
Segundo o Dr. Antonio Avanza, professor de Cardiologia da Afya Educação Médica de Vitória, embora seja uma questão delicada, é possível diagnosticar, tratar e melhorar o quadro de quem está com altas taxas de colesterol. “A boa notícia é que, com mudanças simples no estilo de vida, é possível reduzir significativamente os níveis de colesterol e prevenir complicações mais graves, como infarto e AVC”, comenta.
Nesse sentido, o especialista da Afya Vitória desmistifica algumas das principais dúvidas dos pacientes acerca do assunto:
Afinal, o que é colesterol?
O colesterol é um tipo de gordura essencial para o funcionamento do nosso corpo. Ele é produzido naturalmente pelo organismo e também pode ser obtido por meio da alimentação. Entre suas funções, estão a formação das membranas das células, a produção de hormônios e vitamina D. No entanto, quando seus níveis estão elevados, especialmente o colesterol LDL, conhecido como “ruim”, pode ocorrer o acúmulo dessa gordura nas paredes das artérias, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares graves, a exemplo de infarto e AVC.
Qual a diferença do colesterol ruim e do colesterol bom?
O LDL (lipoproteína de baixa densidade) é considerado o “colesterol ruim” porque transporta colesterol para as artérias, podendo causar placas de gordura. Já o HDL (lipoproteína de alta densidade) é o “colesterol bom”, pois ajuda a remover o excesso de colesterol das artérias e o leva de volta ao fígado, onde é eliminado.
Quais são os principais fatores que aumentam o colesterol?
Os principais fatores são alimentação rica em gorduras saturadas e trans, sedentarismo, excesso de peso, tabagismo e consumo excessivo de álcool. Além disso, a genética também tem um papel importante: algumas pessoas podem ter colesterol alto mesmo com hábitos saudáveis, como no caso da hipercolesterolemia familiar. Por isso, é essencial fazer exames regularmente, mesmo que você se sinta bem.
Quais as dicas para controlar o colesterol?
Manter uma alimentação equilibrada é o primeiro passo. Priorize frutas, verduras, legumes, grãos integrais, peixes e gorduras boas, como as presentes no azeite de oliva e nas castanhas. Evite alimentos ultraprocessados, frituras, carnes gordurosas e embutidos. Praticar atividade física regular, não fumar, controlar o peso e evitar o consumo excessivo de álcool também são atitudes importantes. Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário, sempre com orientação médica.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do colesterol alto é feito por meio de um exame de sangue chamado perfil lipídico, que mede os níveis de colesterol total, LDL (colesterol ruim), HDL (colesterol bom) e triglicerídeos. Esse exame deve ser solicitado por um médico e pode ser feito em jejum ou não, conforme orientação profissional. Mesmo pessoas jovens e aparentemente saudáveis devem realizá-lo periodicamente, já que o colesterol alto costuma evoluir de forma silenciosa, sem apresentar sintomas. Em alguns casos, fatores genéticos também estão envolvidos, como na hipercolesterolemia familiar, uma condição em que o colesterol já está elevado desde o nascimento e exige acompanhamento constante.
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