
Desde maio de 2025, a NR-1 (Norma Regulamentadora nº 1) exige que todas as empresas brasileiras, independentemente do porte ou setor, avaliem e façam a gestão de riscos psicossociais no ambiente de trabalho, incluindo estresse, burnout, assédio e sobrecarga. Embora o primeiro ano seja apenas educativo, o prazo é curto: a partir de maio de 2026, a fiscalização será rígida e multas poderão ser aplicadas.
Ignorar esse período de transição pode custar caro. A Organização Mundial da Saúde estima que depressão e ansiedade já retiram 12 bilhões de dias de trabalho por ano em todo o mundo, gerando um custo de quase US$ 1 trilhão para a economia global. No Brasil, a alta rotatividade também é um alerta: quase metade dos trabalhadores já pediu demissão por falta de incentivo ao bem-estar, e 89% afirmam que só se candidatariam a vagas em empresas que priorizam saúde mental. Além disso, substituir um profissional pode custar até 20% do salário anual, enquanto companhias que negligenciam o tema não conseguem reter talentos e veem sua reputação arranhada.
Por outro lado, os números mostram que investir em bem-estar corporativo gera retorno. Pesquisas apontam que 82% das empresas já percebem ROI positivo, registrando aumento de até 20% na produtividade e redução de até 19% no absenteísmo.
“Cumprir a lei é importante, mas mais do que isso, cuidar da saúde mental no trabalho é estratégia para melhorar engajamento, produtividade e qualidade de vida. Não se trata apenas de evitar multas, é sobre construir negócios saudáveis e sustentáveis”, afirma Édila Tais de Souza, neuropsicanalista, mestre e doutora em Educação, especialista em cultura organizacional e fundadora da RHEMA Desenvolvimento Humano e Organizacional.
Congresso oferece soluções práticas
Para apoiar líderes, RHs e empreendedores nesse momento de transição, Belo Horizonte recebe no dia 25 de outubro de 2025 o congresso “Empresas que Cuidam, Culturas que Prosperam”. O encontro reunirá especialistas para traduzir as exigências da NR-1 em estratégias que unem legalidade, liderança consciente e culturas empresariais mais humanas e produtivas.
Os principais temas em debate incluem:
- Assédio e riscos psicossociais: o impacto silencioso que custa caro – Analisará como comportamentos abusivos e ambientes tóxicos afetam não só a saúde mental, mas também os resultados financeiros e a reputação das empresas.
- Segurança psicológica: o novo pilar da alta performance – Mostrará como criar ambientes em que as pessoas se sintam seguras para opinar, propor ideias e inovar, aumentando engajamento e produtividade.
- ODS, ESG e liderança consciente – Abordará como integrar sustentabilidade, responsabilidade social e governança à gestão de pessoas, posicionando a empresa de forma estratégica no mercado.
- Burnout, inteligência artificial e os dilemas contemporâneos da gestão de pessoas – Discutirá o aumento dos casos de esgotamento, o papel das novas tecnologias e como equilibrar performance com qualidade de vida.
- Do cumprimento da lei à vantagem competitiva – Demonstrará que adequar-se à NR-1 não é apenas evitar penalidades, mas transformar cultura organizacional em diferencial de crescimento.
Lançamento de livro
Durante o congresso, também será lançado o livro “Empresas que Cuidam, Culturas que Prosperam”, já reconhecido como best-seller com mais de 1.000 exemplares vendidos. A obra reúne especialistas que exploram, em capítulos práticos, os impactos da NR-1, o custo do silêncio diante do sofrimento mental e o papel da liderança na criação de ambientes corporativos saudáveis, engajados e sustentáveis.
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