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Agosto Lilás: Emccamp Residencial promove palestra sobre conscientização pelo fim da violência doméstica

Tempo de leitura: 4 min

em 28/08/2025

Agosto Lilás: Emccamp Residencial promove palestra sobre conscientização pelo fim da violência doméstica

Como parte das ações do Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, a Emccamp Residencial realizou, no dia 20 de agosto, a palestra Romper o Silêncio: Um Diálogo sobre Violência Doméstica. O encontro aconteceu na sede da construtora em Belo Horizonte e foi transmitido ao vivo para os times das unidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Com a presença da Cabo Natália Santos e do Sargento Thyago Vasconcelos, ambos profissionais da segurança pública com experiência direta no enfrentamento à violência contra a mulher, a palestra trouxe um alerta importante sobre o ciclo da violência doméstica. Os convidados explicaram que, na maioria das vezes, esse processo não começa com agressões físicas, mas de maneira sutil e quase imperceptível, por meio de piadas ofensivas, gritos, xingamentos e tentativas de controlar roupas, horários e redes sociais da vítima.

Os sinais, muitas vezes naturalizados, evoluem para agressões físicas e verbais, seguidas por uma fase de “arrependimento”, em que o agressor pede desculpas e se compromete a mudar as atitudes. A etapa funciona como uma armadilha emocional, que prende a vítima à relação e alimenta a esperança de que as coisas vão melhorar, quando, na realidade, a violência tende a se repetir e se intensificar.

Segundo o Sargento Thyago, muitas mulheres permanecem em relações abusivas por dependência emocional, influência religiosa, medo do julgamento social ou pela tentativa de manter a família unida. “Muitas preferem sofrer em silêncio a enfrentar a aceitação de uma relação que não deu certo. Isso as prende ainda mais nesse tipo de relação”, afirmou.

A Cabo Natália destacou a necessidade de quebrar a lógica do ditado popular em briga de marido e mulher não se mete a colher”, lembrando que a intervenção de familiares, amigos e colegas pode salvar vidas. Para ela, reconhecer sinais como agressividade, controle excessivo, invasão de privacidade e manipulação emocional é fundamental para interromper o ciclo da violência. 

“De pequenas em pequenas agressões, chega-se ao feminicídio. Não é normal alguém controlar suas roupas, seu horário ou vasculhar suas redes sociais. A base de qualquer relacionamento saudável é a confiança, e ciúme não pode ser usado como justificativa para comportamento abusivo”, reforçou.

Segundo ela, é importante lembrar que o agressor dificilmente mudará sozinho e que é a vítima quem pode interromper o ciclo. “Antes da agressão física, há uma série de violências silenciosas tão graves quanto. A mulher precisa entender que o agressor não vai parar por conta própria. A informação empodera e pode salvar vidas”, conclui.

Ao longo da palestra, os convidados ainda chamaram atenção para os diferentes tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha. A violência física é a mais visível e ocorre quando há qualquer ação que cause dano à integridade ou à saúde corporal da vítima, como espancamentos, empurrões, socos, tapas, queimaduras, puxões de cabelo, estrangulamento ou o uso de armas e objetos cortantes.

Já a violência sexual é caracterizada por qualquer ato sexual não consentido ou que envolva coerção e intimidação. Ela pode se manifestar em estupro, obrigar a vítima a assistir ou praticar atos sexuais, impedir o uso de métodos contraceptivos, forçar gravidez, aborto ou prostituição, violando diretamente os direitos sexuais e reprodutivos da mulher.

A violência psicológica, por sua vez, muitas vezes é invisível aos olhos de terceiros, mas causa profundo sofrimento emocional e abala a autoestima. Está presente em ameaças, chantagens, humilhação, manipulação, isolamento da vítima do convívio com amigos e familiares, vigilância constante, ofensas e até no chamado gaslighting, que faz a mulher duvidar da própria sanidade. 

Outro tipo grave é a violência patrimonial, quando o agressor controla ou destrói bens e recursos da vítima, retém documentos, quebra celulares, impede o acesso a dinheiro ou se recusa a pagar pensão alimentícia, gerando dependência e fragilidade econômica. Por fim, a violência moral atinge diretamente a honra da mulher, por meio de difamação, calúnia, injúria, acusações falsas de traição, exposição da vida íntima ou críticas que a rebaixam diante de terceiros.

Os palestrantes enfatizaram que todos esses comportamentos,  dos mais sutis aos mais evidentes, configuram formas de violência doméstica e precisam ser identificados e combatidos. Também reforçaram a importância da denúncia como primeiro passo para romper o ciclo. Entre os canais de apoio estão a Central de Atendimento à Mulher (180), a Polícia Militar (190, em casos de urgência), a Polícia Civil (197), além da Casa da Mulher Mineira e da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Belo Horizonte.

“Na Emccamp Residencial, acreditamos que nosso papel vai além da construção de moradias. Nosso compromisso é também com a construção de uma sociedade mais justa e segura para todos. Ao abrir este espaço para debater o combate à violência doméstica com nossos colaboradores e colaboradoras, reforçamos a importância de conscientizar, educar e oferecer suporte”, destaca André Neves Candido de Pádua, gerente de Segurança e Medicina do Trabalho da Emccamp. Ele enfatiza que o ambiente de trabalho pode ser um ponto de apoio essencial para quem enfrenta essa realidade. “Por isso, queremos ser agentes de transformação, promovendo diálogo, acolhimento e ações concretas para combater esse problema que afeta tantas famílias brasileiras.”

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