
Para quase metade dos brasileiros, a aparência física influencia diretamente no sentimento de felicidade. É o que diz a nova edição do relatório “Padrões de Beleza e Bem-estar”, lançado pela Opinion Box, que revela que 48% dos respondentes fazem essa associação.
Ainda segundo a pesquisa, 44% das pessoas afirmaram já terem deixado de participar de atividades sociais por não se sentirem confortáveis com a própria imagem. Além disso, 63% acreditam que os meios de comunicação reforçam padrões irreais de beleza, enquanto 54% gostariam de ver mais diversidade corporal nas campanhas publicitárias.
Os dados ajudam a entender o impacto que os padrões estéticos, muitas vezes inalcançáveis e distantes da pluralidade de corpos existentes, podem exercer sobre o bem-estar físico e emocional. Por outro lado, os cuidados conscientes com a aparência podem funcionar como estímulo ao autocuidado e à autoestima.
Para a gerente de marketing do Grupo MedSystems, Luiza Santos, quando uma pessoa se cuida, ela tende a se sentir melhor consigo, o que pode melhorar a autoestima, a autoconfiança e reduzir sintomas de ansiedade e depressão.
“O simples ato de reservar um tempo para si, cuidando da sua saúde e também da parte estética, pode funcionar como um momento de autocuidado e relaxamento, ajudando no bem-estar emocional”, destaca.
Outra pesquisa, publicada na “Revista Estética em Movimento”, revelou que 75% das pessoas fazem procedimentos estéticos com o objetivo de melhorar a autoestima, reflexo da busca por maior confiança e satisfação pessoal. Já para 25% dos respondentes, a saúde é uma importante motivação.
Entre os procedimentos mais comuns citados no estudo estão limpeza de pele (14,3%), preenchimento (11,4%), botox e micropigmentação (ambos com 8,6%). Também foram mencionados métodos como criolipólise, intradermoterapia e laser.
De acordo com dados da “Pesquisa Global Anual sobre Procedimentos Estéticos/Cosméticos”, da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (Isaps), entre 2020 e 2024, o número de atendimentos estéticos, cirúrgicos e não cirúrgicos aumentou 40%.
Esse movimento também é impulsionado pelos avanços da tecnologia estética, que vêm permitindo tratamentos mais direcionados, seguros e com menor tempo de recuperação. Equipamentos de última geração ampliam as possibilidades de cuidado com a pele e rejuvenescimento sem a necessidade de cirurgias invasivas.
Um dos exemplos mais recentes dessa evolução é o Tratamento Ultraformer MPT. A tecnologia de ultrassom micropulsada do equipamento promove estímulo de colágeno e elastina em diferentes profundidades da pele, com aplicações tanto no rosto quanto no corpo. Além da firmeza facial, do efeito lifting e da redução de linhas finas, o aparelho também atua na diminuição da gordura localizada.
Santos destaca que os procedimentos estéticos só devem ser introduzidos na vida de alguém quando essa pessoa sente que eles vão contribuir de forma positiva para sua autoestima e qualidade de vida, e não por pressão externa ou padrões impostos.
“É importante que a decisão parta de um desejo pessoal, consciente e saudável. Além disso, é essencial que esses procedimentos sejam feitos com profissionais qualificados, respeitando os limites do corpo e a individualidade de cada um”, alerta.
Bem-estar e integração para mulheres idosas
A relação entre aparência e saúde mental também foi observada em estudo publicado na “Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia”. Com base em entrevistas com mulheres idosas, a pesquisa apontou que os cuidados com a estética trazem benefícios como maior autoestima, confiança, liberdade, felicidade, bem-estar psíquico e social.
“Quando as pessoas me encontram e dizem que eu estou bem, eu fico contente”, respondeu uma das entrevistadas. “Se você se olha e se gosta, o dia é diferente. A autoestima é tudo para a pessoa”, acrescenta outra.
Cresce o interesse pelo body positive
Como contraponto aos padrões tradicionais de beleza, o movimento body positive tem se fortalecido no Brasil. Segundo a pesquisa da Opinion Box, 60% dos entrevistados acompanham influenciadores ligados ao tema, um aumento expressivo em relação à edição anterior do levantamento, quando apenas 16% declararam o mesmo.
Entre os principais motivos apontados pelos entrevistados para esse engajamento estão o sentimento de identificação (38%), o impacto positivo na autoestima (34%) e o maior conforto em relação ao próprio corpo (34%).
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