Coordenadora de psicologia da clínica Huntington Pró-Criar alerta para a importância do cuidado emocional dos pacientes.
O tratamento para a infertilidade é, muitas vezes, o último recurso para muitas famílias que sonham com a chegada de um filho. Nesse processo, homens e mulheres podem passar por uma grande sobrecarga física e psíquica, que envolve tempo, altos investimentos financeiros e mudanças significativas na rotina, que podem desencadear questões psicológicas importantes.
“Contar com apoio psicológico é de grande importância durante todo o tratamento de fertilidade. O desejo pela chegada de um filho vem acompanhado de incertezas, que geram expectativas, medos, inseguranças e angústias, que, se não trabalhados, podem se transformar em fontes de muito sofrimento”, alerta a coordenadora de psicologia da Huntington Pró-Criar, Cássia Avelar.
Segundo a psicóloga, a excessiva carga emocional pode até mesmo atrapalhar o seguimento dotratamento. Na opinião de Cássia, é muito importante que as clínicas de reprodução assistida ofereçam suporte emocional aos seus pacientes. “O tratamento envolve uma série de questões, que passam pela vida afetiva e sexual daquele casal ou paciente. É preciso se preparar para essa fase, tendo sempre muita calma e compreensão para conseguir equilibrar o bem-estar e as necessidades de cada um”, ressalta.
Cuidados com a mente e o corpo
Cássia Avelar pontua que muitas vezes o foco do casal/paciente fica direcionado somente para tratamento e isso traz um desgaste muito grande e o sentimento de paralização da vida e de outros projetos. Destaca que é importante cuidar tanto da mente como do corpo.
Atividades físicas, como a prática de esportes, meditação, corrida, dança, dentre outras, podem ajudar no alívio das tensões físicas e emocionais. Assim como dedicar-se a alguma atividade diferente da rotina que o paciente está acostumado, um hobby, como por exemplo pintura, bordado, música, artesanato, entre outros.
Outra dica citada por Cássia é aproveitar para ler livros, assistir a filmes e séries, conhecer lugares novos, ir a parques, museus, cinema e teatro, programas que normalmente são deixados de lado na correria do dia-a-dia ou quando o foco está direcionado somente para o tratamento. “Todas essas atividades, além do apoio da família e amigos, vinculado ao auxílio psicológico especializado, influenciam de forma muito positiva. O importante é não passar por esse processo sozinho e sem nenhum tipo de apoio emocional”, finaliza.
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