
Serei bem prática nesta coluna de volta às aulas! Como o objetivo é trazer dicas para a alimentação de escolares, é imprescindível lembrarmos, que são crianças, pré-adolescente (entre 2 e 17 anos), em constante fase de crescimento, e que necessitam de energia e nutrientes fundamentais para seu desenvolvimento e bom desempenho na sala de aula, que conforme a Cartilha Nacional da Alimentação Escolar, está diretamente relacionado à sua alimentação.
Os cuidados em casa, serão complementados na escola, e é essencial orientar e verificar como está a alimentação neste ambiente: pais, professores e cuidadores devem estar a par do cardápio da escola e como está a aceitação dos escolares para ele. Recentemente, as escolas já têm ofertado opções mais equilibradas, mas a principal dica para os pais é a atenção com fast foods e bebidas açucaradas (salgadinhos, preparações com frituras, refrigerantes, etc.) que podem ser oferecidos nas cantinas.
Comer saudavelmente desde a infância fará com que o indivíduo passe por todas as fases da vida recebendo alimentação de qualidade e consiga adquirir autonomia em fazer boas escolhas.

Veja dicas para montar uma lancheira saudável para as crianças
Vamos tentar fugir das bolachas, salgadinhos, refrigerantes, sucos artificiais que, além de opções pouco nutritivas, podem deixar as lancheiras reféns dos ultraprocessados, altamente cheios de açúcares e gorduras saturadas.
Não existe uma regra para o momento lanche, mas pensando em saúde, o ideal é que ele seja composto de frutas, hortaliças, fontes de proteína (leguminosas, queijo, leite, leite fermentado, iogurte, ovo, frango, carnes) e uma fonte de carboidrato.
A composição vai depender ainda, de como é a alimentação da criança ou adolescente. Se não toma café da manhã antes da escola ou se almoça pouco, no caso dos lanches da tarde, é possível oferecer um volume um pouco maior de comida nas lancheiras.

Sugestões:
– Frutas: aquelas práticas, fáceis de descascar, ou que não precisem ser descascadas para comer (morangos, uvas, banana, maçã, pera). Caso seja necessário descascar é possível mandar picadinhas em vasilhas que possam ser armazenadas em geladeira (melão, melancia, kiwi).
Vale a pena investir em sucos da fruta ou água de coco também – em substituição às frutas – o equivalente a 200mL, e nas frutas oleaginosas com moderação (nozes, castanhas, amêndoas, coco – um punhadinho).
– Hortaliças: cenoura baby, tomatinho cereja, tirinhas de pepino, palmito, são opções saborosas, nutritivas e podem ser oferecidas para aquelas crianças/adolescentes que têm dificuldade em comer frutas.
– Fontes de proteínas: leite com cacau, ou batido com frutas, queijos, iogurtes, leites fermentados, ovos (os de codorna costumam agradar), recheios de frango, atum ou carne moída/desfiada para sanduíches naturais ou wrapps, tortinhas (muffins) de ovos com legumes, pão com ovo e alface.
– Fonte de carboidratos: bolos caseiros de banana/maçã com aveia e chocolate em pó, pipoca feita com pouca gordura (sim! Pipoca é fonte de carboidrato super do bem!), cupcakes, bolachas e pães integrais, chips de tubérculos (batatas, mandioca, beterraba), biscoitos de polvilho ou arroz.
Adaptar o paladar dos pequenos a lanches melhores e mais nutritivos, requer paciência, dedicação, organização e deve ser feito gradualmente. Portanto, cata essas dicas e comece já!
Até breve!
Marcela nutri

Marcela Rodrigues Rocha
Nutricionista (CRN9 – 5529), especialista em Gastronomia, Mestre em Ciências dos Alimentos e Doutoranda em Engenharia de Alimentos – USP.
@marceladricha
Referência: https://www.fnde.gov.br/phocadownload/programas/alimentacao_escolar/Material_de_divulgacao/pnae_cartilha_2015.pdf
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