“Os Transtornos do Neurodesenvolvimento: da Infância à Idade Adulta”. Dias 15, 16 e 17 de novembro/25, Belo Horizonte sedia o 1º Congresso Mineiro TEA na Atualidade: o maior congresso sobre autismo do estado de Minas Gerais. Evento estruturado conjuntamente pelas equipes do projeto ‘Montando um Time’ com apoio do Integrar TEA, esse encontro reunirá os mais renomados especialistas de diversas áreas, famílias e pessoas neurodiversas para debater avanços, desafios e caminhos possíveis rumo a uma sociedade mais inclusiva.
O congresso será realizado no espaço The One Business (Av. Raja Gabaglia, 1143 – Luxemburgo, Belo Horizonte/MG) e será coordenado pela Dra. Florence Assis, médica cirurgiã cardiovascular, diagnosticada com autismo aos 43 anos, seu esposo e pai atípico, Gustavo Lavorato, Procurador do Estado do Rio Grande do Sul e Rosely Rossito, arteterapeuta.
Um grande congresso
Com uma programação extensa e bastante abrangente, o congresso vai reunir cerca de 75 palestrantes e abordará temas importantíssimos do dia a dia de uma família atípica, e que certamente irão despertar a atenção do público, entre eles: Os Transtornos do Neurodesenvolvimento: da infância à idade adulta; Prevenção e manejo de doenças cardiovasculares e metabólicas nos portadores de transtornos do neurodesenvolvimento; Quando o comportamento fala, quem está escutando? Decodificando o invisível: Uma imersão sensorial e interativa sobre a linguagem silenciosa do autismo; O que você não pode ter deixado de se atualizar sobre TEA em 2025: revisão das principais descobertas e Papers do ano; etc.
“Queremos promover um espaço de conhecimento e empatia, unindo ciência e protagonismo das pessoas autistas para ampliar a qualidade de vida e a inclusão”, destaca a Dra. Florence Assis. Ela lembra o quanto esse congresso vem sendo sonhado há anos. Pode-se dizer que esse evento começou a ser desenhado desde que o projeto inicial “Montando um Time” começou como um perfil nas redes sociais. Hoje ele é referência em conteúdo, eventos e formação sobre neurodiversidade e já realizou três simpósios de grande repercussão nacional, reunindo especialistas, famílias atípicas e profissionais da área. A última edição contou com 77 palestrantes de 20 estados e marcou um capítulo histórico na luta pela inclusão em Minas Gerais. Daí nasceu o 1º Congresso Mineiro de TEA na Atualidade.
Programação de peso
Serão três dias consecutivos de importantes atualizações científicas, palestras, fórum de políticas públicas, roda de Conversa, workshops, atividades artísticas e criativas, trabalhos científicos, podcasts, acolhimento jurídico e sala sensorial.
O Congresso é dirigido às famílias atípicas, especialistas, estudiosos, educadores, advogados e interessados pelo assunto. Paralelo ao evento acontecem diversos workshops nos três dias do congresso. A programação completa, que pode ser conferida no Sympla (https://www.sympla.com.br/evento/1-congresso-mineiro-de-tea-transtorno-do-espectro-autista-na-atualidade/3058486), traz palestras extremamente relevantes que vão desde A praticabilidade da Comunicação Alternativa em espaços públicos para pessoas com autismo não verbal, com Maria Ângela Garcia de Almeida (Neuropedagoga e Mestre em Educação e Saúde Coletiva), passando pelo O uso de Cannabis medicinal no TEA, com o Dr. Hugo Werneck (Médico Pediatra), Dieta especializada no TEA: existe?, com Mariana Catta Preta (Nutricionista), até Aprendendo sobre direitos das pessoas neurodivergentes, com as advogadas Vanessa Zacarias Rondinel e Carla Rodrigues, etc.
Outros palestrantes confirmados e que são bastante esperados pelo público: Willian Chimura, autista, mestre em Informática na Educação, especialista em ABA, doutorando em Psicologia, Cognição e Comportamento; Viviane Lima, psicóloga infantil, especialista no tratamento do TEA; Dr. Marcelo Masruha, neuropediatra; Dr. Hélio van der Linden, neurologista infantil e neurofisiologista; Dr. Renato Arruda, neurologista; Dr. Walter Camargos, psiquiatra; Fernanda Fialho, autista , escritora e criadora de conteúdo digital; Dr. Júlio Santos, neurocientista, professor e pesquisador; Dr. Vitor Haase, médico neurologista; Dra. Juliana Parada, médica psiquiatra; Dr. Luís Renato Braga Arêas Pinheiro, Defensor Público, coordenador de Direitos da Pessoa com Deficiência; Francisco de Paiva Silva Júnior – Revista Autismo; Natália Araújo, Secretária Municipal de Educação de Belo Horizonte, dentre outros.
Com apoio institucional da Prefeitura de Belo Horizonte, Secretaria Municipal de Educação, o 1º Congresso Mineiro de TEA na Atualidade tem apoio da Associação dos Magistrados de Minas Gerais (Amagis), Neuroawiser, plataforma de aprendizado com pós-graduação, coordenada pelos Drs. Marcelo Masruha, Renato Arruda, Marco Arruda e Júlio Santos, responsáveis pelo maior congresso de transtornos do neurodesenvolvimento do país e o mais respeitado cientificamente.
Trabalhos Científicos
O evento reservará espaço para a extensão do conhecimento e do saber. Estudiosos e pesquisadores sobre o TEA poderão inscrever trabalhos e estudos, que serão avaliados por uma comissão científica. Segundo orientações gerais dos organizadores do congresso, os trabalhos podem ser submetidos, gratuitamente, no formato pôster impreterivelmente até o dia 31/10/2025, desde que o(a) participante esteja inscrito(a) no Congresso. O resumo deverá ser enviado através do e-mail trabalhos.congressomineirodetea@gmail.com. Poderão participar quaisquer trabalhos relacionados ao Autismo, ou áreas correlatas, nas profissões da Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Reabilitação, Nutrição, Psicologia, Terapia Ocupacional, Educação Física, Direito ou outras afins.
Quem é o “Montando um Time”
Trata-se de projeto de impacto social, idealizado pela médica, cirurgiã cardiovascular, Florence Assis e pelo Procurador do Estado do Rio Grande do Sul, Gustavo Lavorato. Pais de cinco filhos — dois deles diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) —, além de um diagnóstico tardio de Florence, o casal transformou suas vivências familiares e a necessidade de acolhimento em ação. Foi assim que nasceu um movimento que leva informação qualificada, empatia e luta conta a discriminação e por inclusão a outras famílias, profissionais e à sociedade como um todo.