
Muito além de abrigar um dos maiores eventos literários do Brasil, Belo Horizonte se consolida como um dos centros mais ativos da cena editorial e literária contemporânea. Capital de um estado historicamente vinculado à palavra escrita, a cidade tem se tornado, nos últimos anos, berço de editoras independentes, palco de lançamentos relevantes, território fértil para novos autores e sede de livrarias com atuação nacional. Em 2025, essa vocação ganha forma visível na Bienal Mineira do Livro, que acontece de 3 a 10 de maio, no Centerminas Expo.
Com o tema “Viver é plural. Ler é plural”, a edição deste ano homenageia João Guimarães Rosa, autor mineiro que ampliou as fronteiras da linguagem e da própria literatura. A Bienal será um reflexo direto da pluralidade literária que emerge de Minas — e, sobretudo, de Belo Horizonte — não apenas em número, mas em qualidade, diversidade de vozes e compromisso com uma produção viva, inventiva e conectada com seu tempo.
Um dos destaques desta edição será a Estante Mineira, espaço exclusivo dedicado a editoras de Minas Gerais, com 18 estandes voltados à valorização e à visibilidade do que se produz no estado. Estão confirmadas editoras como Fino Traço, Aletria, Literíssima, EIS, Krauss, Mazza, Conceito, Portal, Patrimônio e Letramento, que representam diferentes perfis editoriais e públicos leitores. É a Minas da tradição e da inovação dividindo o mesmo espaço.
“A Estante Mineira mostra o quanto temos uma produção editorial de qualidade em Minas, que merece mais visibilidade nacional. É uma forma concreta de impulsionar o mercado e valorizar quem faz o livro acontecer no estado”, afirma Humberto Paes Leme, da HPL Eventos, realizadora da Bienal ao lado da Câmara Mineira do Livro (CML).
Além disso, Belo Horizonte será representada também pelas livrarias e distribuidoras locais, que compõem parte fundamental do circuito do livro na cidade. Entre os expositores já confirmados estão nomes como Livraria Leitura, Explosão Criativa, Pé da Letra, Livraria do Professor, Selecta Livros, Magic Livros e Book One, além de redes nacionais, editoras especializadas, lojas geek e espaços voltados à literatura infantil, didática e religiosa. No total, a feira contará com mais de 60 expositores e mais de 2 mil marcas presentes.
“O visitante vai encontrar desde quadrinhos e literatura jovem até filosofia, política, poesia e educação. É uma curadoria pensada para todas as idades, níveis de leitura e interesses”, pontua Leme.
A presença de autores mineiros que circulam nos principais prêmios e catálogos do país, como Maria Esther Maciel, Ana Elisa Ribeiro, Leo Cunha, Adriana Lisboa e Paula Pimenta, reforça o lugar da Bienal como síntese de uma cena literária que pulsa o ano inteiro — nas escolas, nas praças, nos coletivos e nas editoras de bairro.
A Bienal Mineira do Livro 2025 será, mais uma vez, não apenas uma feira, mas uma afirmação: Belo Horizonte é, sim, uma cidade literária. E seu livro não cabe na estante. Ocupa a cidade inteira.
Sobre o Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale acredita que a cultura transforma vidas. Pelo quarto ano consecutivo é o maior apoiador da Cultura no Brasil, patrocinando e fomentando projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa.
Desde sua criação, em 2020, o Instituto já esteve ao lado de mais de 800 projetos em 24 estados e no Distrito Federal, contemplando as cinco regiões do país com investimento de mais de R$ 1 bilhão em recursos próprios da Vale e via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Entre suas iniciativas, está uma rede de espaços culturais próprios, com visitação gratuita e vocação única: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA).
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