Carnaval de Diamantina terá Tuca Fernandes, Biquini Cavadão e KVSH
A Prefeitura Municipal de Diamantina se prepara para receber 200 mil pessoas de 28 de fevereiro a 04 de março, público 65% maior que em 2024, para o entretenimento de uma programação extensa.
A festa já tem contratados os shows nacionais das bandas Biquini Cavadão e Atitude 67, além do axezeiro Tuca Fernandes, ex-vocalista do Jammil e Uma Noites. A sambista mineira Adriana Araujo também estará presente, assim como a dupla sertaneja Clayton & Romário. A música eletrônica será representada por um dos principais DJs da atualidade, o KASHV.
Segundo o secretário de Cultura e Patrimônio, Alberis Mafra, o poder Executivo tem como expectativa que a folia de 2025 seja um marco importante para a celebração de um Carnaval mais movimentado. Isso porque nos últimos anos, o fluxo de foliões têm apresentado queda por conta da popularização dos carnavais de Belo Horizonte e de São Paulo.
“A nossa previsão é que cerca de 200 mil pessoas participem do nosso Carnaval, que representaria um crescimento de 65% (em relação ao ano anterior)”, projeta.
Para retomar o esplendor do Carnaval de Diamantina, o mote “Eu preciso viver isso de novo” é o destaque das campanhas preparadas pela organização para divulgar a festa em todo o País.
“Retomar às origens do nosso Carnaval, que nos fez, por várias vezes, a melhor festa do País, segundo as grandes revistas e críticos, é uma forma de resgatar a nossa história, a tradição e um espaço de Carnaval afetivo”, afirma Mafra.
O secretário também explica que “vem trabalhando muito com o incentivo consciente, mais estruturas para receber os turistas, apoio do Corpo de Bombeiros na função de proteção ambiental, das nossas cachoeiras e balneários, para que os foliões possam ter mais segurança para aproveitar esses espaços durante o dia, e se divertir à noite nos blocos de rua”, enumera.

Carnaval vai voltar para o Centro Histórico
O diretor da Pulsar Brasil, empresa responsável pela organização do Carnaval de Diamantina, Eberty Salles, explica que, por um ano a festa foi retirada pela gestão municipal anterior do Centro Histórico e transferida para a Praça Largo Dom João.
“O Carnaval na entrada da cidade, não parecia Diamantina, mas um outro lugar. A praça é muito boa para eventos, mas não tinha aquela beleza e o mesmo sentido do Centro Histórico que é comum no Carnaval de Diamantina. Já neste ano, uma das novidades é que voltaremos com a foilia ao seu local de origem, que é a parte histórica e as ladeiras”, adianta.
Entretanto, para Mafra, a volta do evento para a região histórica da cidade também requer atenção e conscientização por parte do poder público. “Esse retorno envolve questões à respeito do patrimônio, por acreditar que esse espaço é um grande atrativo da nossa folia. Mesmo com isso, várias ações precisam ser implementadas para a proteção do patrimônio”, considera.
Evento reúne sons do axé music ao samba
Uma das principais apostas do projeto de realização do evento é a construção de uma programação plural e diversa, que agrade a vários públicos, e que reúna grandes atrações nacionais, além dos veteranos da tradição diamantinense: os blocos Bartucada e Batcaverna.
“A cidade de Diamantina sofreu muito com o crescimento do Carnaval de Belo Horizonte, que não existia, e que, antes dessa mudança, atraía toda a população da Capital para cá. Hoje, o Carnaval de Belo Horizonte enche demais, contando com uma estrutura que já não atende a demanda. As pessoas ainda sentem saudade do Carnaval do interior, o que vem provocando um movimento contínuo de retomada”, avalia o produtor de eventos.
Segundo ele, é cada vez mais evidente o retorno do movimento de carnavais dos anos 90 ao País, com a realização de micaretas com bandas e os seus clássicos regravados dos anos 1990.
“Sabe quando alguém diz estar com saudade de algum Carnaval passado, pois era de outro jeito? Tenho visto que esse movimento da década de 90 está em alta e Diamantina se preparando para essa retomada é a volta de um gigante, um Carnaval raiz que está na memória de muitos”, descreve Salles.
“Para a nova gestão, investir em grandes atrações era algo que precisava voltar, dessa forma estamos investindo em shows nacionais que há anos não acontecem na cidade. E esta é uma forma de fazer crescer novamente um Carnaval que está em todas as listas de pesquisas, seja nacional ou internacional”.