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Chocolate pode ser consumido (SIM!) sem culpa!

Tempo de leitura: 3 min

em 18/03/2024

Por Marcela Rodrigues Rocha

Chocolate pode ser consumido (SIM!) sem culpa!

Habemus” Chocolate!

A Páscoa vem aí!

P.: É chegada a hora de perder a linha e comer chocolates como se não houvesse amanhã?

R.: Nada disso, antes de tudo lembrem-se do verdadeiro significado da Páscoa, depois pense que o amanhã pode chegar, e por último e mais importante cola neste texto desta nutri que é #abaixooterrorismonutricional e prega que “todo mundo pode comer de tudo um pouco, se comer pouco de tudo”; inclusive chocolates!

Nesta época do ano a vontade de comer chocolate, de grande parte das pessoas aumenta, em especial o tradicional ovo de Páscoa. Estejamos atentos ao exagero!         

Mas afinal, é possível comer chocolate sem culpa, nutri?

A resposta é sim! Se a gente escolhe melhor os chocolates, nos deparamos ainda com benefícios para a saúde diante deste consumo.

Foto: Internet

Chocolates que contém mais cacau como os amargos e meio-amargos, podem oferecer em proporção, menores concentrações de açúcares adicionados, aditivos químicos e gorduras, são chocolates mais puros e traduzem melhor o sabor do cacau.

Os chocolates podem ter diferentes percentagens de licor de cacau, cacau em pó, manteiga de cacau, açúcar e leite em pó.

O que classifica e diferencia um chocolate do outro é principalmente o teor de cacau: enquanto os chocolates ao leite devem conter entre 50 e 25% (no mínimo) de cacau, os meio-amargos podem conter entre 50 e 70% de cacau e os amargos de 70 a 100% de cacau. Já o chocolate branco está em uma categoria à parte, “os não-chocolates”, e conforme a RDC nº 723/2022, são definidos como um produto obtido de ≥ 20% manteiga de cacau (não do cacau em si), em combinação com outros ingredientes.

Ainda que poucas pessoas busquem o consumo de chocolates pela questão da saudabilidade, e sim pelo sabor e prazer que proporciona, vale a pena destacar, que há benefícios no seu consumo moderado e dentro de um contexto alimentar equilibrado.

Por conterem gorduras e açúcares são considerados alimentos energéticos. Podem contribuir com o aporte de fibras para a dieta – conforme os carboidratos que apresentar, e ajudar na melhora dos teores de colesterol HDL sanguíneo – conforme o tipo e concentração de lipídeos que possuir.

Com vista a nutrição e promoção da saúde, recomenda-se os chocolates amargos e ainda mais o cacau in natura, por apresentarem uma ampla gama de antioxidantes que inclui compostos fenólicos (com potencial em reduzir riscos de doenças cardiovasculares) – flavonoides – ácidos fenólicos, catequinas, antocianidinas, e demais bioativos como a cafeína, além de alguns minerais – potássio, fósforo, ferro e magnésio.

De posse de todas estas informações, se liga na tabela a seguir, e escolha qual o tipo de chocolate será eleito por você, para fabricar o ovo de Páscoa que você quer para si e para presentear a quem você ama.

E se liga: se você focar no chocolate propriamente dito, evitando excesso de recheios, caldas e coberturas extras, ovos trufados, cremes de avelã e de amendoim, coberturas, chantilly, mousses, você com toda certeza amenizará os ônus nesta Páscoa. Vai no básico, o simples funciona!

Foto: Internet

A tabela abaixo descreve a composição nutricional dos chocolates, por 100g. Faça sua escolha!

Fonte: TBCA, 2023; Meng, Jalil, Ismail, 2009. *: dados não disponíveis; NA: não aplicável.

Não existe uma quantidade geral pré-definida para o consumo diário de chocolate, este valor deve ser definido individualmente. Entretanto, de 20 a 30g por dia é um valor costumeiramente recomendado por especialistas, ou seja, apenas alguns quadradinhos. Nessa quantidade, o alimento não deve causar prejuízos à saúde, podendo até trazer benefícios em sua versão amarga, e caso você associe o momento de consumo juntamente com frutas e/ou um alimento proteico (carne, leite e derivados, ovos), você otimizará a absorção dos nutrientes.

Colha as suas escolhas!
Feliz Páscoa!
Até Breve!
Marcela


Marcela Rodrigues Rocha
Nutricionista (CRN9 – 5529), especialista em Gastronomia, Mestre em Ciências dos Alimentos e Doutoranda em Engenharia de Alimentos – USP.
@marceladricha

REFERÊNCIAS:

  • Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). (2022). Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 723, de 1º de julho de 2022
  • Meng C.C., Jalil A.M., Ismail A. Phenolic and theobromine contents of commercial dark, milk and white chocolates on the Malaysian market. Molecules. 2009 Jan 5;14(1):200-9. doi: 10.3390/molecules14010200. PMID: 19127248; PMCID: PMC6254055.
  • Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA). Universidade de São Paulo (USP). Food Research Center (FoRC). Versão 7.2. São Paulo, 2023. [Acesso em: 17.03.2024]. Disponível em: http://www.fcf.usp.br/tbca.

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