
Após passar por Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Manaus, São Paulo, Porto Alegre e Recife nos últimos meses, o Centro Cultural Lá da Favelinha retorna a Belo Horizonte, sua cidade de origem, com o espetáculo de funk Brinco de Ouro, apresentado pela Cia Favelinha, no dia 02 de agosto, sábado, 19h, no Sesc Palladium (Av. Augusto de Lima, 420 – Centro, Belo Horizonte – MG, 30190-006), e com a grande final da Disputa Nervosa Nacional no dia 03 de agosto, domingo, 15h, no Viaduto Santa Tereza (Av. Assis Chateaubriand, 619 – Floresta, Belo Horizonte – MG, 30110-002). Todas as atividades foram possibilitadas por meio de patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Cultural e da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
Idealizado pelo Centro Cultural Lá da Favelinha e realizado pelo Ministério da Cultura, o projeto Favelinha na Estrada foi criado pelo multiartista mineiro Kdu dos Anjos. Os ingressos populares para Brinco de Ouro estão disponíveis pelo site da Sympla, já a Disputa Nervosa é gratuita e aberta ao público. Até agora, o projeto trouxe mais de 4.000 espectadores nas apresentações de Brinco de Ouro e mais de 1.000 na Disputa Nervosa Nacional, que teve cerca de 120 inscritos nas batalhas, além de 300 participantes nas oficinas abertas de funk. Promovendo acessibilidade, o projeto também garantiu acessibilidade em LIBRAS para todas as atividades.
“É muito importante ter a parceria da maior patrocinadora de cultura do país num momento tão delicado para as culturas periféricas, quando buscam criminalizar as nossas artes. Em um ano de projeto, a gente conseguiu gerar renda para centenas de pessoas, trabalhadoras em suas maiores moradores de periferia. Mais de 90% das pessoas que receberam grana desse incentivo para fazer cultura são pessoas periféricas. A gente fez história no país e pretende seguir esse legado. O mais legal de tudo é que, por onde a gente passou, a gente mostrou para os agentes culturais periféricos dessas cidades que é possível, sim, viver dignamente de arte e cultura a partir da organização dos trabalhos”, comenta Kdu dos Anjos.
Com direção de Léo Garcia, o espetáculo Brinco de Ouro traz em cena sete artistas da Cia Favelinha que exploram elementos afro-diaspóricos e diversas influências, como capoeira, samba, vogue, passinho e outras expressões periféricas. “Brinco de Ouro acontece nos detalhes. Não é sobre fazer sentido, mas sobre fazer sentir. É uma relação de sentimentos híbridos que não desconsidera a complexidade de cada signo dentro de um contexto artístico e favelado”, define o diretor. Já a etapa da Disputa Nervosa Nacional promove a conexão entre dançarinos de funk de diferentes regiões do país, celebrando os variados estilos e movimentos do funk brasileiro. Haverá também uma oficina aberta de dança antes da disputa com dançarinos da Cia Favelinha. A oficina é gratuita e aberta ao público.
Sobre a Disputa Nervosa NacionalSerá realizada, no Viaduto Santa Tereza, a grande final da segunda edição da Disputa Nervosa Nacional, batalha de funk cujos competidores são os ganhadores das seletivas que ocorreram no Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Manaus, São Paulo, Porto Alegre, Recife e Belo Horizonte. O campeão nacional levará o prêmio de R$15 mil.
A competição se dá por meio de fases eliminatórias, com dançarinos duelando em rodadas de três apresentações alternadas de 40 segundos. O vencedor de cada fase avança até a final, na qual será definido quem levará o prêmio em dinheiro e o título de Melhor Dançarino de Funk do Brasil . Além das batalhas, o evento conta com apresentações de grupos de funk e DJs da região.
Sobre o Brinco de Ouro
O espetáculo Brinco de Ouro, interpretado por sete artistas, tem 60 minutos de duração e carrega elementos afro-diaspóricos vivenciados pelos intérpretes criadores. Também traz influências da capoeira, samba, vogue, rebolado, mtg, passinho foda e celebra, principalmente, a expressão do passinho de BH.
“Brinco de Ouro” celebra a vida e a resistência. É um manifesto que se expressa nos corpos dançantes e nas vozes que falam de opressão, sonhos, amor e libertação. Inspirado pelo tempo espiralar de Leda Martins, revisita memórias ancestrais e realça o poder das pessoas pretas através das danças cotidianas nos becos, passinhos e curvas da periferia.
Em um constante diálogo entre o passado e o presente, o espetáculo traduz a afromineiridade, desafiando a necropolítica e celebrando a vida através da arte, da cura e do movimento. Sob a direção artística de Léo Garcia, “Brinco de Ouro” é um convite para visitar as favelografias e os códigos vitais de uma juventude que transforma e re-inventa revoluções todos os dias.
Kdu dos Anjos
Kdu dos Anjos, artista multifacetado e empreendedor de periferia do Brasil, ganhou prêmios e reconhecimento por seus projetos sociais, moda cooperativa e arquitetura inovadora. Em 2023, ele se destacou nacional e internacionalmente ao vencer a disputa mais importante do meio da arquitetura com a Casa do Ano pelo site da archdaily. Além disso, lançou-se como diretor de documentários, estreando com o filme “Folia dos Anjos” e prepara para lançar seu segundo filme “Nevou”. Em 2024 implementou uma nova faceta: repórter! Onde cobriu o carnaval de rua de BH, o SXSW no Texas e as olimpíadas de Paris, para rede globo e outros parceiros.
Sobre a Petrobras
A Petrobras é uma das principais empresas do país. Atua de forma integrada e especializada na indústria de óleo, gás natural e energia, tendo como compromisso o desenvolvimento sustentável para uma transição energética justa e inclusiva.
A Cultura é também uma energia na qual a companhia investe, patrocinando há mais de 40 anos projetos que contribuem para a cultura brasileira e se fazem presentes em todos os estados brasileiros.