A cada ano, as marcas de tinta não escolhem apenas uma cor — escolhem uma mensagem.
E a da Suvinil para 2026 é especialmente bonita: co(r)existir.
Um convite para perceber que, assim como na vida, os tons que compõem um ambiente também podem ser opostos e, ainda assim, conviver em harmonia. As cores eleitas — 26 Tempestade e 26 Cipó da Amazônia — refletem esse contraste.
De um lado, o rosado-acinzentado que representa introspecção e pausa. Do outro, o verde-amarelado que traz a força do orgânico, o frescor da floresta e o desejo de reconexão.
Juntas, elas falam sobre equilíbrio — entre o interno e o externo, o humano e o natural, o silêncio e o movimento.

Foto: Site Suvinil
Quando a cor fala mais do que a forma
Sempre acreditei que a cor tem o poder de mudar o clima de um espaço.
Ela não é só acabamento: é emoção, é pausa, é energia.
E o que a Suvinil propõe com co(r)existir é justamente isso — permitir que os contrastes convivam, que o frio e o quente se encontrem, que a casa abrace mais de um estado de espírito.
O Tempestade me faz pensar em dias nublados, na calmaria antes de recomeçar.
Já o Cipó da Amazônia me remete à terra úmida, ao cheiro de mato depois da chuva, à vida que renasce.
São cores que se complementam de um jeito muito humano — como se uma preparasse o terreno e a outra florescesse sobre ele.
Como traduzir isso em arquitetura
Essas cores podem (e devem) aparecer de formas sutis:
- Uma parede em Tempestade que traz aconchego a um quarto;
- Um detalhe em Cipó da Amazônia emoldurando a entrada de um ambiente;
- Ou até o diálogo entre ambas, quando aplicadas lado a lado, criando transições suaves.
Combinar essas tonalidades com materiais naturais — madeira, fibras, cerâmica — reforça a ideia de pertencimento. E, ao lado da luz certa, elas ganham uma profundidade quase poética.

Foto: Site Suvinil
A arquitetura como ato de coexistir
No fundo, projetar é sobre isso: sobre aprender a equilibrar contrastes. Entre o que é prático e o que é belo, entre o que é de fora e o que é de dentro. E talvez seja essa a mensagem mais bonita da Suvinil este ano: não precisamos escolher um só caminho — podemos coexistir entre eles.
Em 2026, que nossas casas sejam espelhos desse equilíbrio: feitas de pausas, de raízes e de novas cores.

Ana Luiza Mezencio Leal Lima
Arquiteta, urbanista e lighting designer
@estudiocasa.arq
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