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Endividamento cresce no Brasil: por que gastamos mais do que podemos pagar?

Tempo de leitura: 2 min

em 17/03/2025

Endividamento cresce no Brasil: por que gastamos mais do que podemos pagar?

Neste sábado, 15 de março, é comemorado o Dia do Consumidor. Em paralelo, o cenário econômico brasileiro tem mostrado sinais preocupantes no que diz respeito ao endividamento das famílias. De acordo com dados de janeiro de 2025, divulgados pela Agência Brasil, 28,3% das famílias no Brasil estavam com dívidas em atraso, e 12% não conseguiam quitá-las. Esses números refletem a dificuldade de grande parte da população em manter um planejamento financeiro saudável.

Para o economista e docente do Centro Universitário UniBH, Fernando Sette Jr., a inadimplência no Brasil está relacionada, entre outros fatores, à falta do hábito de poupar. Ele destaca que, “além de não vivermos a melhor economia, muitos brasileiros já possuem uma renda aquém das necessidades básicas, o que exigiria um controle financeiro maior. No entanto, essa gestão financeira muitas vezes não é realizada, levando ao uso antecipado de receitas futuras e à formação de uma bola de neve de dívidas”, destaca.

Setores como alimentação, habitação e transporte são responsáveis por uma parcela significativa dos gastos dos brasileiros. O consumo desenfreado no varejo e a falta de planejamento financeiro contribuem para o aumento do endividamento, conforme aponta o estudo. A ausência de uma cultura de poupança e a facilidade de acesso ao crédito também são fatores que agravam a situação.

Para evitar o endividamento e retomar o controle das finanças, o professor aponta algumas medidas práticas essenciais que podem ser adotadas:

  • Elaborar um orçamento mensal: Organizar as finanças é o primeiro passo para sair do vermelho. Anote todas as receitas e despesas para entender para onde o dinheiro está indo. Aplicativos de finanças podem ajudar nessa tarefa, facilitando a visualização dos gastos e auxiliando na tomada de decisões mais conscientes.
  • Priorizar o pagamento de dívidas: Caso tenha pendências financeiras, o ideal é negociar com credores e buscar condições mais favoráveis de pagamento. Refinanciar a dívida com juros menores ou trocar uma dívida cara por outra mais acessível pode ser uma solução viável. Além disso, é importante estabelecer metas para quitar os débitos e evitar atrasos que resultam em mais juros.
  • Evitar compras por impulso: Antes de adquirir um produto ou serviço, reflita sobre sua real necessidade. Criar o hábito de comparar preços, pesquisar alternativas mais acessíveis e adiar compras supérfluas pode evitar gastos desnecessários. Um bom método é o da “regra das 24 horas”, que consiste em esperar um dia antes de realizar uma compra para avaliar se ela é realmente essencial.
  • Criar uma reserva de emergência: Ter uma reserva financeira é fundamental para lidar com imprevistos, como problemas de saúde, perda de emprego ou consertos urgentes. O ideal é poupar pelo menos três a seis meses do custo de vida mensal. Para facilitar esse hábito, destine uma porcentagem fixa do salário todo mês para uma conta separada e de difícil acesso.

Ao adotar essas práticas, os brasileiros podem construir uma base financeira mais sólida e evitar que o endividamento se torne um obstáculo ao bem-estar e à qualidade de vida.

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