Energia elétrica e tarifas de ônibus pressionam inflação de BH em fevereiro
O IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 1,27% em Belo Horizonte em fevereiro, superando a média nacional (1,23%) no período. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 5,7% na cidade – o maior entre todas as capitais pesquisas pelo IBGE.
A inflação forte em fevereiro é reflexo, principalmente, da normalização dos preços da energia elétrica residencial, que subiu 14,7% e impactou o IPCA-15 de BH em cerca de 0,5 ponto percentual.
“Essa aceleração nos preços da energia elétrica, que já era esperada, é resultado da ausência do bônus de Itaipu que havia sido aplicado nas contas de luz de janeiro. Os reajustes nas tarifas de ônibus urbano, que passaram para R$ 5,75, também pesaram na inflação da cidade”, explica Heliezer Jacob, economista do C6 Bank.
Cenário nacional
O mercado de trabalho aquecido e a perspectiva de câmbio depreciado devem continuar pressionando a inflação brasileira em 2025, na visão do C6 Bank. O banco projeta que o IPCA nacional feche o ano em 5,9%, acima do teto da meta estipulada para 2025.
Os dados divulgados hoje reforçam a expectativa do C6 Bank de que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) mantenha o ritmo de alta dos juros já sinalizado nas últimas reuniões.
“Esperamos um aumento na Selic de 1 ponto percentual, para 14,25%, na reunião de março. Nossa expectativa é de que a taxa básica de juros termine o ano em 15%”, afirma Jacob.