O Programa Aprendiz do Instituto Ramacrisna, através do Projeto Descubra, lançou nesta terça-feira, 2, na Galeria Ciço – CRJ BH, uma exposição fotográfica inédita produzida pelos alunos do curso de audiovisual – que integra a formação inicial dos aprendizes antes do início da jornada prática de trabalho. Intitulada “Entre Lentes e Descobertas”, a mostra reúne imagens captadas pelos jovens durante suas aulas práticas e externas, revelando múltiplas leituras sobre a cidade e sobre suas próprias vivências.
Ao longo das aulas, os alunos foram incentivados a pesquisar referências, conhecer fotógrafos premiados e observar imagens que dialogassem com temas como paisagem, arquitetura e cotidiano urbano. Inspirados por essas descobertas, participaram de duas grandes saídas fotográficas: uma no Parque Municipal, acompanhados por profissionais convidados, e outra pelo Centro de Belo Horizonte, onde cada dupla escolheu que pontos da cidade queria registrar.
Com câmeras em mãos, para alguns o primeiro contato com o equipamento, eles puderam explorar diferentes ângulos, texturas, luzes e narrativas. “Sempre digo que entrego a técnica e a ferramenta, mas o olhar é deles. Tem uma frase que costumo usar que é: Me dê uma câmera e eu te mostrarei o mundo pelos meus olhos. E é essa a essência que quero que eles carreguem, como o olhar pessoal de cada um pode mudar e dar vida as coisas. ”, conta o instrutor Nezir Araújo.

Uma mostra construída por eles
A escolha do nome da exposição também nasceu de forma coletiva. Todos os alunos puderam sugerir títulos para a escolha que daria vida a exposição. O grande vencedor foi o jovem Rhuan Brayli: “Entre Lentes e Descobertas”. O nome resume o espírito da experiência individual de cada um deles, que puderam ver e revelar a sua cidade através de um novo olhar.
Nezir conta que a seleção das fotos foi totalmente autônoma. Cada jovem escolheu suas próprias imagens e escreveu textos que expressassem o sentimento associado a elas. Algumas narram encantamento, outras, realidades duras do centro da capital mineira. Cada obra é um recorte sensível e genuíno das vivências desses jovens fotógrafos.
Para ele, esta exposição pode mudar não só a autopercepção dos jovens, mas também a visão que suas famílias e comunidades têm sobre o potencial de cada um. “Quando pais e convidados virem essas fotos, vão entender a capacidade que esses meninos têm. E talvez isso os incentive a apoiar mais, acreditar mais, investir mais”, diz.
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