Com a chegada do inverno e a queda nas temperaturas, aumentam os casos de lábios rachados, ressecados e doloridos. A baixa umidade do ar, o vento frio e o hábito de respirar pela boca são fatores que contribuem diretamente para o ressecamento da região, tornando os lábios vulneráveis a fissuras, ardência e até pequenos sangramentos. Segundo a dermatologista Fátima Tubini, o problema pode ser prevenido e tratado com medidas simples, mas eficazes.
O frio afeta a hidratação natural da pele, especialmente dos lábios, que não possuem glândulas sebáceas, responsáveis pela produção de oleosidade. Isso os torna mais suscetíveis ao ressecamento. “Durante o inverno, a pele perde mais água. Os lábios, por serem mais finos e delicados, sofrem ainda mais com essa perda, o que leva ao aparecimento de rachaduras e dor”, explica Fátima Tubini.
Além do clima, outros fatores como o uso excessivo de batons de longa duração, a ingestão insuficiente de água e o hábito de lamber os lábios frequentemente agravam o quadro. “Muitas pessoas lambem os lábios na tentativa de aliviar a sensação de secura, mas a saliva evapora rapidamente e retira ainda mais a hidratação natural, piorando a condição”, alerta a especialista Tubini.
Como prevenir e tratar lábios rachados no inverno
Para evitar o problema, a dermatologista recomenda a aplicação frequente de protetores labiais com ação hidratante e ingredientes emolientes, como manteiga de karité, lanolina, pantenol e ceramidas. “Esses ativos criam uma barreira protetora contra o vento frio e ajudam a manter a umidade natural dos lábios”, orienta Fátima.
Além disso, manter uma boa ingestão de líquidos, evitar ambientes muito secos e utilizar umidificadores de ar dentro de casa são hábitos que colaboram para a saúde da pele como um todo. No caso de rachaduras já existentes, o ideal é suspender o uso de cosméticos com álcool ou fragrância e investir em produtos cicatrizantes e anti-inflamatórios.
“O ideal é aplicar o hidratante labial várias vezes ao dia e, à noite, optar por uma camada mais espessa, como uma máscara hidratante labial, para potencializar a regeneração enquanto a pessoa dorme”, recomenda a dermatologista Tubini.
Em casos mais graves, quando há sangramento constante ou sinais de infecção, é importante buscar orientação médica. “Se houver dor intensa, pus ou crostas persistentes, é sinal de que pode haver uma infecção secundária, que precisa ser avaliada por um dermatologista”, finaliza Fátima Tubini.