
“O barato sai caro”. Essa é uma expressão comum no universo da arquitetura, pois na hora de construir ou reformar, muitas pessoas acabam priorizando o preço mais baixo de alguns materiais em prol da economia. Entretanto, nem sempre é a melhor escolha. Segundo a arquiteta Manuela Lolato, investir em materiais de qualidade não é apenas uma questão estética, mas também uma decisão estratégica que impacta diretamente a durabilidade, a segurança e até o valor de revenda do imóvel.
“Materiais de baixa qualidade podem comprometer a performance da obra em pouco tempo, pois exigem manutenções frequentes e elevam os custos a longo prazo. Já os bons materiais proporcionam melhor acabamento, resistência e valorizam o investimento. É importante escolher tudo sem pressa e com um bom planejamento para não errar”, explica a profissional.
Além da resistência e da durabilidade, outro ponto importante é o conforto. Bons pisos, revestimentos e esquadrias, por exemplo, influenciam diretamente na capacidade de isolamento térmico e acústico dos ambientes, o que impacta a experiência de quem vive ou trabalha no espaço. “A escolha certa proporciona bem-estar, qualidade de vida e funcionalidade na rotina, algo que vai muito além da aparência”, completa.
Outro aspecto fundamental é a personalização. Ao trabalhar com fornecedores de confiança e materiais de melhor qualidade, é possível adaptar o projeto às necessidades do cliente e obter soluções exclusivas que reforçam a identidade do espaço.
O que fazer antes de escolher?
Para escolher materiais de qualidade na hora de construir ou reformar, a arquiteta traz sugestões valiosas para evitar dor de cabeça.
1-Definir o orçamento: saber o quanto pode investir evita escolhas precipitadas ou de baixa qualidade;
2-Priorizar custo-benefício: pode ser que o mais caro não seja o melhor. É importante buscar qualidade e durabilidade compatível com o uso do espaço;
3-Pesquisar referências e marcas: essencial verificar a reputação do fabricante e buscar avaliações de outros consumidores;
4-Pensar em sustentabilidade: materiais de qualidade tendem a ser mais duráveis e causam menos impacto ao meio ambiente, pois reduzem o desperdício e a necessidade de substituição frequente;
5-Considerar manutenção e limpeza: materiais de fácil manutenção economizam tempo e dinheiro a longo prazo;
6-Investir em fornecedores de confiança: garantia e suporte pós-venda são diferenciais importantes no momento da escolha;
7-Testar amostras antes de fechar: toque, textura e acabamento podem não ser o que se espera na prática.
A arquiteta ainda reforça que a seleção dos materiais deve ser feita desde o início do projeto, em conjunto com o arquiteto, para garantir que estética, funcionalidade e durabilidade caminhem juntas. “A arquitetura exige coerência entre todos os elementos do projeto e a escolha criteriosa dos materiais é essencial para um bom resultado”, finaliza.

Sobre Manuela Lolato
Manuela Lolato é arquiteta e designer de interiores com 12 anos de experiência no mercado, atuando em projetos de arquitetura residencial, comercial e decoração. É sócia do escritório Bernadette Corrêa Arquitetura e, em 2025, criou seu próprio escritório, o LOLA Studio, especializado em projetos de arquitetura e decoração contemporâneos e de alto padrão.
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