Vinte e três jovens músicos mineiros estarão entre os mais de 400 participantes do 21º Festival Internacional de Música de Santa Catarina (Femusc), que será realizado de 11 a 24 de janeiro de 2026, em Jaraguá do Sul/SC. O estado ocupa a terceira posição em número de representantes, atrás apenas de São Paulo (58) e Santa Catarina (32), consolidando a tradição musical mineira no cenário nacional.
O festival, considerado o maior evento-escola de música erudita da América Latina, registrou um crescimento de 20% nas inscrições e reunirá talentos de 21 países e de 18 estados brasileiros. A participação expressiva de Minas Gerais reflete a qualidade da formação musical no estado e o interesse dos jovens músicos mineiros em buscar aperfeiçoamento de alto nível – uma oportunidade única para os músicos estabelecerem contatos internacionais e vivenciarem uma experiência multicultural, já que estarão lado a lado com colegas de países como Chile, Peru, Argentina e Colômbia.
“O 21º Femusc reafirma seu compromisso com a formação de uma nova geração de músicos e com a difusão da música de concerto”, sintetiza Mariana Werninghaus de Carvalho, vice-presidente do Instituto Femusc.
Durante os 14 dias de festival, os participantes mineiros terão acesso a masterclasses, aulas e workshops com professores das mais renomadas orquestras do mundo. A programação educacional abrange desde Orquestral Avançado e Intermediário, Regência Orquestral, Ópera e Canto Lírico, até Quartetos de Cordas e programas dedicados aos mais jovens.
“O Femusc, ao completar 21 anos, não só se aprimora, como também se aventura por caminhos singulares, preenchendo lacunas e conectando pessoas”, afirma Monika Hufenüssler Conrads, presidente do Instituto Femusc. A iniciativa já formou mais de 9 mil alunos de 42 países ao longo de sua história.

Mais de 200 concertos gratuitos
Um dos diferenciais do festival é a democratização do acesso à música erudita. Serão realizados mais de 200 concertos gratuitos, incluindo as séries “Grandes Concertos”, “Recitais de Câmara”, “Piano Masters” e “Canto Lírico”. A programação também prevê apresentações em espaços públicos, levando a música clássica a toda a comunidade.
O repertório abrange mais de 530 obras, com destaque para compositores brasileiros como Villa-Lobos e Chiquinha Gonzaga. A programação inclui ainda obras de Bach, Brahms, Beethoven e de compositores latino-americanos, como Piazzolla.
Diversidade e inovação
Entre os destaques da edição 2026 está a estreia da ópera brasileira “Onheama”, de João Guilherme Ripper, uma lenda amazônica adaptada aos desafios contemporâneos. O festival também dará espaço a 39 novos compositores, sendo 13 mulheres e 15 latinos, reforçando seu compromisso com a diversidade.
“A diversidade cultural é a tônica desta edição”, destaca Alex Klein, diretor artístico do Femusc. “O festival recebe participantes de Moçambique pela terceira vez e, pela primeira vez, alunos da Macedônia do Norte e da Rússia.”



