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Mortalidade por câncer de mama cresce 86% em duas décadas: alimentação inflamatória é fator de risco negligenciado

Tempo de leitura: 2 min

em 28/10/2025

Mortalidade por câncer de mama cresce 86% em duas décadas: alimentação inflamatória é fator de risco negligenciado

O Outubro Rosa termina, mas o alerta permanece: o câncer de mama é o tipo mais incidente entre mulheres brasileiras e suas taxas de mortalidade continuam subindo. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar 73.610 novos casos por ano entre 2023 e 2025. Além disso, de acordo com levantamento da associação civil Umane, com base em dados do Sistema de Informações da Mortalidade (SIM/SUS), a taxa de óbitos por câncer de mama no Brasil aumentou 86,2% em 22 anos — passando de 9,4 para 17,5 por 100 mil habitantes entre 2000 e 2022.

Para a ginecologista Dra. Lorena Galaes, diretora da Integrative Vitória, é urgente ampliar o debate sobre os fatores que podem ser modificáveis, sobretudo os relacionados à alimentação. “Mais de 80% dos casos de câncer estão ligados a causas externas. Alimentação, sedentarismo e obesidade são parte do problema, mas ainda não recebem a devida atenção”, afirma.

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Dra. Lorena – Divulgação

Eixo hormonal, gordura corporal e alimentos inflamatórios

Segundo a especialista, o padrão alimentar da mulher moderna está fortemente associado ao aumento da inflamação sistêmica e à desregulação hormonal. “Açúcares, álcool, ultraprocessados, excesso de glúten e fitoestrógenos como os encontrados na soja são alimentos inflamatórios e estrogênicos. Isso cria um ambiente favorável ao desenvolvimento de tumores hormonodependentes, como o de mama”, explica.

A Dra. Lorena também alerta que o tecido adiposo em excesso contribui para a produção de estrogênio e piora o quadro inflamatório. “Além de armazenar hormônios, a gordura corporal se comporta como um órgão endócrino. Por isso, o ganho de peso — especialmente na menopausa — é um fator de risco importante para o câncer de mama, endométrio e ovário”, completa.

Prevenção começa cedo — e vale para todas

A ginecologista lembra que a exposição a substâncias com ação estrogênica deve ser evitada desde a infância, já que alimentos industrializados e embalagens plásticas estão entre as principais fontes de xenoestrógenos. “A prevenção deve começar cedo, mesmo em meninas sem histórico familiar. O câncer de mama pode atingir qualquer mulher, e isso precisa ser dito com mais clareza.”

Por outro lado, a médica também destaca alimentos que atuam na proteção hormonal e imunológica, como castanhas e sementes, ricos em nutrientes essenciais para o ciclo menstrual e para a fase do climatério. “Alimentação não é apenas uma escolha estética — é uma estratégia preventiva real e acessível.”

Para a Dra. Lorena, o foco da prevenção precisa sair da superfície. “O Outubro Rosa é importante, mas a saúde da mulher precisa de um compromisso para o ano todo. E esse compromisso começa no prato.”

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