
No Brasil, o acesso ao sistema financeiro está se democratizando cada vez mais cedo na vida das pessoas. Se antes abrir uma conta bancária era algo reservado aos adultos, hoje milhões de crianças e adolescentes estão dando seus primeiros passos no mundo das finanças. De acordo com dados do Banco Central do Brasil (BC), o número de contas para menores de idade (até 17 anos) já ultrapassa os 10 milhões, um marco que reflete não só o avanço tecnológico, mas também uma mudança cultural em direção à educação financeira desde a infância.
Esse crescimento é impulsionado principalmente pelos bancos digitais, que facilitam a abertura de contas de forma simples e segura, com representação dos pais ou responsáveis, conforme as regras do BC.
O mercado de contas para menores não para de expandir. Em 2022, o BC registrava cerca de 10 milhões de contas para crianças e adolescentes, enquanto para a faixa etária de 15 a 24 anos, o total chegava a 23 milhões – um aumento de 50% em relação à última década. Nos últimos cinco anos até 2023, o número de jovens entre 15 e 24 anos com contas bancárias cresceu em 8 milhões, impulsionado pela inclusão digital e pelo Pix, que simplificou transações cotidianas.
Em 2024 e 2025, o ritmo acelerou ainda mais. Bancos como o Nubank e o Banco Inter possuem juntos hoje quase 6 milhões de clientes menores de idade. O Brasil como um todo atingiu 200 milhões de pessoas bancarizadas em 2025, com os jovens sendo o grupo de maior expansão proporcional.
Esse crescimento reflete uma tendência global, que é o foco na próxima geração de clientes. Estudos mostram que a maior parte dos clientes tende a criar um vínculo afetivo no banco onde abrem sua primeira conta.
Por que começar cedo?
Abrir uma conta para menores não é só uma formalidade legal – é uma ferramenta poderosa para construir hábitos financeiros saudáveis desde cedo. Estudos mostram que a educação financeira iniciada na adolescência reduz o risco de endividamento na vida adulta.
No Brasil, onde 78,8% das famílias estão endividadas em 2025 – o maior índice desde 2022 –, começar jovem pode ser a chave para quebrar esse ciclo. “Jovens com experiência precoce em gerenciamento de dinheiro desenvolvem maior disciplina, compreensão de conceitos como juros compostos e planejamento de longo prazo”, ressalta Luciana Ballesteros, fundadora e diretora da Financial Experts e especialista em finanças.
Além disso, o contato e vivência real com experiências financeiras práticas fazem toda diferença. Adolescentes com contas próprias aprendem a lidar com transações reais – como receber Pix de avós ou pagar por serviços online –, o que traz aprendizados e traz independência financeira.
“É essencial que os adolescentes tenham conta bancária desde cedo, onde aprendem sobre gerir o valor que recebem, ver o valor que estão gastando a cada mês e já iniciarem a fazer investimentos entendendo que deixar dinheiro aplicado rende juros”, afirma Luciana Ballesteros.
O crescimento das contas para menores não é apenas um fenômeno passageiro, é um movimento irreversível rumo a uma sociedade mais financeiramente inclusiva. Com dados oficiais do BC confirmando essa tendência, fica claro: quanto mais cedo os jovens tocarem no mundo das finanças, mais equipados estarão para navegar pelas incertezas econômicas.
Sobre a Financial Experts
Fundada em 2019 por Luciana Ballesteros — administradora com especialização em finanças —, a Financial Experts (Alameda Oscar Niemeyer, 288/601, Vale do Sereno – Nova Lima) nasceu com uma missão transformadora: levar educação financeira de qualidade para jovens a partir dos 12 anos. Trata-se da primeira escola do Brasil com esse foco, por acreditar que quanto mais cedo as pessoas aprendem a lidar com o dinheiro, maiores são as chances de construir um futuro equilibrado, consciente e próspero.
Sua equipe é formada por professores qualificados, com certificações nacionais pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) e CFP® (Certified Financial Planner). O sucesso da sua metodologia diferenciada, com uma abordagem dinâmica, descomplicada e contextualizada com situações do dia a dia, atraiu o interesse de outros públicos.
A escola desenvolveu outros dois cursos, o Financial Master, para jovens de 17 a 29 anos, e Finanças para Elas, destinado a mulheres que desejam ser capazes de tomar decisões assertivas de investimento do seu próprio dinheiro. As turmas são reduzidas para garantir a qualidade, atenção plena e interação, e as aulas ocorrem uma vez por semana.