No dia 12 de novembro, o palco do Cine Theatro Brasil recebe o espetáculo “Clássicos de Minas”, um concerto beneficente que celebra os 20 anos da Orquestra Filarmônica Ramacrisna. Sob a regência do maestro Eliseu Barros, a apresentação promete uma experiência única, marcada pela união entre tradição, inovação e solidariedade.
Mais do que uma comemoração, o concerto é um gesto coletivo de amor à cultura e à transformação social. Todos os artistas convidados participarão de forma voluntária, sem cachê, e toda a renda obtida com a venda dos ingressos será destinada à manutenção das atividades da Orquestra e dos demais projetos sociais do Instituto Ramacrisna. O evento também reforça o compromisso da instituição com a inclusão e a acessibilidade, contando com intérprete de Libras e audiodescrição para que mais pessoas possam vivenciar plenamente a emoção da noite.
No palco, a Orquestra dividirá arranjos exclusivos com artistas consagrados e da nova geração da música mineira, são eles: Ana Cristina, Bernardo do Espinhaço, Bloco de Belo, Laura Catarina, Malvina Lacerda, Marina Araújo, Patrícia Ahmaral, Renegado, Sérgio Pererê e Trio Amaranto. O repertório foi cuidadosamente escolhido para refletir a identidade múltipla e vibrante de Minas Gerais, transitando entre o congado e as folias tradicionais, o legado do Clube da Esquina, a energia dos blocos carnavalescos de Belo Horizonte e a força do rap, que dá voz às comunidades. Além de uma linda homenagem a Ló Borges.
Segundo o maestro Eliseu Barros, o nome “Clássicos de Minas” é mais do que um título: é uma homenagem ao estado que inspira e molda a trajetória da Orquestra. Ele explica que o concerto foi concebido para valorizar a cultura e os artistas mineiros, traduzindo em música a alma das serras e montanhas. “Celebrar os 20 anos da Orquestra Filarmônica Ramacrisna com este espetáculo é um gesto de gratidão e amor às nossas raízes. Mesmo após quatro décadas de carreira, este concerto tem um valor profundamente emocional para mim, ele reflete a solidariedade que reuniu artistas, amigos e apoiadores do Instituto Ramacrisna — um convite para que todos testemunhem como a música pode transformar vidas, criar pontes e projetar para o futuro o melhor de quem somos”, afirma o maestro. “O público pode esperar um repertório diversificado, com sucessos como Quem sabe isso quer dizer amor, Aquarela do Brasil, Travessias, entre outros que marcaram gerações.”, finaliza.
Para Solange Bottaro, vice-presidente do Instituto Ramacrisna, o concerto representa o resultado de duas décadas de dedicação e impacto social. “Cada nota tocada pela nossa Orquestra carrega histórias de superação e sonhos realizados. Ver esses jovens no palco, ao lado de grandes artistas mineiros, é a prova viva de que a música transforma. É uma celebração do que já conquistamos juntos e um convite para que mais pessoas se unam a nós nessa corrente de solidariedade e cultura que há 20 anos muda realidades”, destaca.
Sobre a Orquestra Filarmônica Ramacrisna
Criada em 2005, a Orquestra Filarmônica Ramacrisna nasceu com o propósito de levar a música clássica e instrumental às crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social da comunidade de Vianópolis, em Betim. Hoje, o grupo é formado por 50 jovens músicos e já se apresentou em alguns dos principais espaços culturais da região metropolitana de Belo Horizonte, como o CCBB, Teatro Bradesco, Cine Theatro Brasil, Palácio das Artes e Museu de Ciências Naturais da PUC Minas.
Em 2024, a Orquestra viveu um momento histórico ao se apresentar ao lado de Seu Jorge, em um show beneficente que celebrou os 65 anos do Instituto Ramacrisna, no Cine Theatro Brasil. O encontro reuniu cerca de mil pessoas e reafirmou o poder da música como instrumento de transformação e inclusão social.
Ao longo de sua trajetória, a Orquestra dividiu o palco com grandes nomes da música nacional e internacional, como Céu, Fernanda Takai, Lô Borges, Toninho Horta, Beto Guedes, Flávio Venturini, Mônica Salmaso, Joyce Moreno, além dos tenores italianos Claudio Mattioli e Massimiliano Barbolini, o tenor lírico Felipe Peletta e a violinista norte-americana Elizabeth Fayette.