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Sem toques nos olhos: exame inovador usa tecnologia para identificar Síndrome do Olho Seco

Tempo de leitura: 3 min

em 12/04/2025

Sem toques nos olhos: exame inovador usa tecnologia para identificar Síndrome do Olho Seco

Se você sente constantemente a sensação de areia nos olhos, é provável que já tenha adiado ou evitado uma consulta oftalmológica por considerar a ideia de alguém mexendo nos seus olhos ressecados e sensíveis, no mínimo, aterrorizante. Mas e se eu te dissesse que há uma maneira de diagnosticar o que está acontecendo sem tocar diretamente neles?

O aumento nos casos da Síndrome do Olho Seco (SOS), alarmaram os cientistas para a criação de novas tecnologias de apoio. Só no Brasil, já são mais de 30 milhões de pessoas diagnosticadas, segundo dados da Tear Film Ocular Surface Society (TFOS). Um problema aparentemente simples, mas que pode causar complicações sérias à saúde dos seus olhos.

“Quando não tratada corretamente, a SOS pode levar a infecções oculares, danos à córnea e até à perda da visão”, alerta a oftalmologista Daniella Nazih Danif, da Oftalmologia Felício Rocho.

A boa notícia é que, para facilitar o diagnóstico e garantir mais conforto e precisão, surge o IDRA. Diferente dos exames convencionais, que exigem contato direto com os olhos, esse teste inovador usa tecnologia de ponta para avaliar a borda palpebral, os cílios, a lágrima e até a oleosidade ocular – tudo sem qualquer incômodo.

“O IDRA também avalia a vitalidade das Glândulas de Meibomius, responsáveis por produzir uma camada oleosa que protege os nossos olhos, e também, a oleosidade da lágrima. Informações valiosas para fechar diagnósticos e conduzir o tratamento com assertividade”, complementa Danif.

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Daniella Nazih Danif – Divulgação

Entenda o procedimento

O exame tem uma dinâmica simples: o paciente se posiciona diante do Analisador de Superfície Ocular, um equipamento que utiliza câmeras de infravermelho para captar imagens detalhadas. Sem necessidade de preparo prévio ou contato físico, o aparelho fornece dados valiosos para que o oftalmologista indique o melhor tratamento, de forma personalizada, para cada paciente.

Tratamento

E quando se trata de tratamento, as opções são diversas e podem variar conforme a complexidade do caso, o agente causador da SOS, e outras comorbidades que o paciente possa ter. 

Entre as novidades, está a tecnologia de luz intensa pulsada – IPL. Originalmente usada por dermatologistas para tratar rosácea, ela tem demonstrado resultados positivos no alívio dos sintomas do olho seco evaporativo causado pela Disfunção das Glândulas de Meibomius. 

“Os pulsos luminosos da IPL atuam na pele, reduzindo a vasodilatação e os efeitos das alterações vasculares. Estudos já demonstram que essa abordagem pode trazer uma melhora significativa aos pacientes. É importante, no entanto, buscar sempre um diagnóstico médico, pois apenas um especialista pode decidir o tratamento mais adequado para cada paciente”, afirma Danif.

A gama de tratamentos também pode incluir lubrificantes tópicos, compressas mornas, limpeza com shampoo neutro diluído e expressão das glândulas meibomianas. Além disso, a suplementação oral de ácidos graxos essenciais, antibióticos tópicos e sistêmicos, corticosteroides e imunomoduladores tópicos são opções terapêuticas que podem ser consideradas. 

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Exame IDRA – Credito OFR Divulgação

Prevenção

Prevenir a Síndrome do Olho Seco não é “bicho de sete cabeças”. Comece com algo simples: faça pausas regulares ao usar telas, como a regra 20-20-20 — olhe para algo a 20 metros de distância por 20 segundos a cada 20 minutos de uso de dispositivo. Pode parecer pouco, mas ajuda a aliviar a tensão nos olhos. E se você ainda não usa lubrificante ocular, talvez seja hora de começar. Ele vai manter seus olhos hidratados e reduzir os desconfortos.

Mas não para por aí. Manter o corpo bem hidratado com água e apostar em alimentos ricos em ômega 3, como linhaça e castanhas, faz diferença na saúde ocular. E, claro, cuide do ambiente: umidificadores em locais com ar-condicionado ou aquecedores, e  evite a exposição direta ao vento.

Alerta

Fique atento a sinais como olhos vermelhos, sensação  de areia nos olhos, ardência, visão embaçada, fotofobia, entre outros, pois eles podem indicar a síndrome do olho seco. Caso apresente algum desses sintomas com recorrência, procure um oftalmologista para realizar o teste. A Síndrome do Olho Seco tem tratamento e, com o avanço da tecnologia, o diagnóstico está cada vez mais preciso e confortável.

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