O mercado de artesanato em Minas Gerais se prepara para uma expansão significativa em 2025, impulsionado por duas tendências: autenticidade e sustentabilidade. A inovação e o compromisso com o meio ambiente têm sido fundamentais para o crescimento do setor. Após a pandemia, o setor teve que se adaptar às novas demandas do consumidor.
De acordo com dados do Governo de Minas e do Sebrae Minas, o setor de artesanato é responsável por aproximadamente R$ 2,2 bilhões anuais e conta com a participação de cerca de 300 mil artesãos no estado. Nesse contexto, feiras e eventos que dão visibilidade ao setor têm se mostrado essenciais para o seu crescimento.
Segundo Patricia Avellar, idealizadora do Up Showroom, os eventos que promovem as artes, o artesanato, a gastronomia, entre outros, funcionam como uma vitrine. “São espaços que oportunizam aos artesãos mostrar seu trabalho, por exemplo, em expor seus produtos e se conectar com o consumidor e seus pares“, afirma.
A exemplo, temos a 11ª edição do UP Showroom, evento que acontece nos dias 26 e 27 de abril de 2025, no Hotel Transamérica BH Lourdes, das 9h às 19h, com entrada gratuita. O evento reúne moda, arte, design e gastronomia, e conecta expositores e consumidores. De acordo com a organização, mais informações podem ser verificadas no perfil do Instagram oficial: @upshowroomoficial.
Moda sustentável e autenticidade como tendências
A busca por autenticidade tem transformado o mercado de moda artesanal. Grazielle de Magalhães Abrão, da marca Bygrazi, destaca que a moda sustentável, feita com responsabilidade e sem excessos, está em alta. Para ela, o foco do consumidor atual é encontrar peças que reflitam a cultura e a identidade dos seus criadores, além de respeitar práticas ambientais responsáveis. “Após a pandemia, as pessoas se tornaram mais conscientes. Elas buscam peças autorais, que não agridem o meio ambiente e que sejam confortáveis“, explica.
Essa busca por autenticidade não se limita à moda, mas também se estende ao mercado de mesa posta, onde a sustentabilidade ganha cada vez mais destaque. Liliane Tanure, da marca Lili Veste a Mesa, observa que materiais como bambu, rattan, cerâmica e linho estarão em alta em 2025, trazendo texturas diferenciadas às peças de decoração. As estampas inspiradas na natureza, como folhagens, frutas e flores, também estarão em evidência, acompanhadas de cores vibrantes, como laranja, verde e vermelho, que prometem dar vida aos ambientes.
Liliane destaca que, assim como na moda, os consumidores estão em busca de marcas genuínas, transparentes e comprometidas com valores que refletem em suas produções. “No mercado saturado de hoje, é a autenticidade que faz a diferença e atrai um público fiel“, afirma.
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