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Toda filha é um espelho da mãe que a amou ou da ausência que ela deixou

Tempo de leitura: 3 min

em 08/05/2025

Toda filha é um espelho da mãe que a amou ou da ausência que ela deixou

Quem influenciou você a ser quem é? No mês das mães, Ana Lisboa, psicanalista, empresária e fundadora do maior movimento de saúde mental feminina do mundo, provoca o país com uma pergunta poderosa e lança o evento “Mãe, a Maior Influenciadora”, que acontece no dia 10 de maio, das 16h às 18h, na Lagoa da Pampulha, e simultaneamente em mais 36 cidades no Brasil e Europa, reunindo milhares de mulheres em espaços públicos para vivências de reconexão e cura emocional.

Ana é referência internacional, com mais de 100 mil alunas em 72 países, quando o assunto é saúde mental feminina. Criadora do Feminino Moderno e da UniAltis, primeira universidade integrativa de saúde mental reconhecida pelo MEC, ela afirma com contundência: “A primeira influência que recebemos na vida é da nossa mãe e quando essa referência falha, o impacto pode durar uma vida inteira.”

Segundo a psicanalista, a maioria das mulheres que chega até seu grupo de apoio emocional possui feridas afetivas profundas com origem na infância, especialmente com a figura materna. “Se a menina não recebe elogios da mãe, se não é validada, se cresce tentando ser aceita, ela se torna uma mulher que busca amor no trabalho, em relacionamentos, na performance. A falta dessa aprovação gera ansiedade, depressão, crises de identidade.”

O evento, criado junto com outras ações bem-sucedidas da comunidade Feminino Moderno, expõe feridas emocionais presentes nessas relações familiares. “A gente acha que mãe é só quem cuida, mas mãe é quem forma o que a filha sente por si mesma. Por isso, uma mãe emocionalmente saudável é o melhor presente que uma filha pode ter”, defende Ana.

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Ana Lisboa – Foto Divulgação

De filha a mentora de uma geração

A própria trajetória de Ana Lisboa é um testemunho da força dessa influência. Filha de uma professora rígida e batalhadora, Ana cresceu com uma sensação silenciosa de ausência emocional. “Minha mãe trabalhava o dia inteiro. A gente convivia bem, mas não tinha afeto, não tinha abraço fora do Natal. Eu cresci buscando reconhecimento, performando. Isso me adoeceu.”

Aos 23 anos, no auge da carreira como advogada, presidente da OAB Jovem, Ana teve um burnout severo. Veio a depressão, os nódulos no seio, o colapso físico e emocional. Foi na terapia que ela encontrou a raiz de suas dores e, com ela, uma nova missão de vida, ajudar outras mulheres a fazerem as pazes com a própria história.

A gente só pode ensinar aquilo que teve que aprender sozinha”, afirma. Ana transformou sua dor em método, sua experiência em movimento. Criou uma comunidade digital, abriu uma clínica, depois uma universidade e hoje lidera um time de mais de 80 especialistas, entre psiquiatras, terapeutas e educadores. Juntas, elas oferecem programas que combinam ciência, espiritualidade e afeto.

A mãe como espelho da identidade feminina

Muitas mulheres se tornam mães sem nunca terem sido curadas como filhas”, diz Ana. É por isso que a campanha propõe um diálogo direto com a herança emocional que carregamos. “Toda mulher, no fundo, quer ser amada e é com a mãe que a gente aprende como ser amada ou como não ser.”

O movimento “Mãe, a Maior Influenciadora” aposta nessa reconexão como antídoto para o colapso emocional de uma geração que vive sobrecarregada. O projeto inclui rodas de conversa, yoga, danças terapêuticas, oficinas xamânicas, mentorias e ações públicas para conscientizar mães e filhas sobre a importância de reescrever juntas a história do afeto.

A proposta é universal, não importa se você tem 20 ou 80 anos, a ferida feminina é a mesma e pode ser curada com acolhimento”, explica Ana Lisboa.

Exemplos que vêm de casa

A história já mostrou que grandes mulheres foram profundamente influenciadas por suas mães. Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, Zizi e Luiza Possi, Elis Regina e Maria Rita, Luiza e Yasmin Brunet, todas compartilharam laços de sangue e caminhos parecidos, profissões espelhadas, expressões artísticas herdadas. “O talento, muitas vezes, é moldado no afeto que nutriu a infância”, afirma a psicanalista.

Ana reforça que “toda mulher que se cura se torna veículo de cura por onde passa. A influência real começa no amor que a gente oferece e no amor que a gente se permite receber”.

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