
O início de 2024 tem sido marcado por um cenário desafiador no combate às arboviroses em Minas Gerais, com um aumento significativo no número de casos confirmados. Segundo dados do boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgado na última segunda-feira, 29 de janeiro, os números são alarmantes: 23.389 casos confirmados de dengue; e chikungunya já soma 6.206 casos.
Além disso, oito casos prováveis de zika estão em apuração. Diante desse panorama, o Governo de Minas Gerais decretou, no sábado (27/01), situação de emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de dengue e chikungunya no Estado.
Na Unimed-BH, uma das principais redes privadas da região metropolitana de Belo Horizonte, os números também mostram aumento. De acordo com levantamento da cooperativa, de 31 de dezembro de 2023 a 27 de janeiro de 2024, foram registrados mais de 15 mil atendimentos de casos suspeitos em suas unidades assistenciais próprias. Nas primeiras quatro semanas de janeiro, o número de casos suspeitos aumentou mais de 260%, passando de 1.814 para 6.593 casos.

Medidas preventivas e estratégias adotadas pela Unimed-BH
Considerando o cenário, a Unimed-BH vem se preparando desde o final do ano passado e implementando diversas ações de enfrentamento às arboviroses. Entre as iniciativas estão:
- Criação de Salas de Hidratação em diversas unidades;
- Implementação de várias iniciativas nas unidades assistenciais próprias e no serviço de Saúde Digital (Telessaúde), como aumento de agendas disponíveis para consultas on-line;
- Divulgação de uma campanha de comunicação para clientes, alertando sobre os cuidados principalmente como eliminar os focos do mosquito aedes aegypti;
- Elaboração de um Protocolo de Consulta Rápida para o corpo clínico e treinamento de profissionais.
De acordo com o diretor-presidente da Unimed-BH, Frederico Peret, essas medidas visam proporcionar mais agilidade ao atendimento e tratamento dos pacientes que procuram as unidades. “Diante do desafio representado pelo aumento dos casos de arboviroses em nossa região é fundamental que atuemos de forma proativa e coordenada para proteger a saúde de nossos pacientes e da comunidade. As medidas que temos adotado são essenciais para enfrentar essa situação complexa, garantindo o acesso ao tratamento adequado e contribuindo para a prevenção dessas doenças. Nossa prioridade é o bem-estar e a segurança de todos que confiam em nossos serviços”, enfatiza.

Infectologista da Unimed-BH alerta sobre os sintomas
O médico infectologista cooperado da Unimed-BH, Frederico Amâncio, explica a importância de estar atento aos primeiros sintomas das doenças. “Na dengue, o primeiro sintoma é a febre de início súbito, com duração de dois a sete dias, podendo ser acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, vermelhidão no corpo e prurido cutâneo. Na Chikungunya, há sintomas como febre e fortes dores articulares, que por vezes podem durar de semanas a meses. Já a Zika, a febre geralmente apresenta-se baixa, acompanhada de vermelhidão no corpo, podendo também ocorrer conjuntivites, prostração e dores no corpo”, explica.

O infectologista informa, ainda, que no caso do Zika vírus, há uma preocupação excepcional com as gestantes, uma vez que a infecção pode levar a malformações e complicações para o feto, como microcefalia. “Geralmente, nas arboviroses existem grupos com maior propensão a formas graves da doença: além das gestantes, pessoas com mais de 65 anos, crianças e pacientes com comorbidades como hipertensão, diabetes, doença renal crônica e pessoas com anemia falciforme são grupos de risco para as arboviroses”, afirma.
Informações: AssCom Unimed
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