A sondagem realizada pelo Sindilojas/BH sobre o desempenho do comércio varejista no Natal de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, revela um cenário de retração nas vendas, refletindo os efeitos da inflação, do endividamento das famílias e de um consumo mais cauteloso.
De acordo com os dados apurados, houve uma queda nominal de 3,86% nas vendas do Natal de 2025 em relação a 2024. Quando considerados os efeitos da inflação, a retração se mostra ainda mais significativa, com uma queda real de 7,96%, evidenciando perda efetiva de faturamento para o setor. O comportamento das vendas entre os lojistas confirma esse ambiente de maior dificuldade:
· 25% relataram aumento nas vendas;
· 8,33% informaram estabilidade;
· 66,67% apontaram queda no desempenho em relação ao Natal anterior.
Segundo a análise econômica do Sindilojas/BH, o resultado reflete um consumidor mais seletivo, priorizando gastos essenciais e controlando o orçamento diante de juros elevados e do alto comprometimento da renda com despesas fixas.
Setores analisados
A sondagem contemplou os seguintes segmentos do comércio varejista:
· Vestuário masculino, feminino e infantil
· Livrarias e papelarias
· Óticas
· Joias e semijoias
· Perfumaria e cosméticos
· Artigos esportivos
· Eletrodomésticos e eletroeletrônicos
· Calçados, bolsas e acessórios
· Brinquedos e games
· Cama, mesa e banho
· Móveis, colchões e decoração
· Lojas de variedades
· Serviços
De forma geral, mesmo setores tradicionalmente mais aquecidos no período natalino enfrentaram pressão sobre margens e menor volume de vendas, o que reforça a necessidade de planejamento financeiro, controle de custos e estratégias comerciais mais assertivas por parte dos lojistas. Perspectivas
Para os próximos meses, o Sindilojas/BH avalia que a recuperação do consumo dependerá da melhora das condições macroeconômicas, especialmente da redução da inflação, da retomada da confiança do consumidor e de um ambiente de crédito mais favorável. O sindicato reforça a importância de políticas que estimulem a atividade econômica e apoiem o comércio varejista, setor fundamental para a geração de emprego e renda em Belo Horizonte.


