
As startups de impacto social e ambiental vêm ganhando cada vez mais espaço por sua capacidade de gerar soluções inovadoras para os grandes desafios da sociedade e do meio ambiente. Atento a esse cenário, o Sebrae Minas, em parceria com a Beta-i Brasil, promoveu este ano o Programa de Aceleração para Negócios de Impacto. A iniciativa tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento das startups, visando impulsionar a competitividade, expandir mercados e ampliar o potencial de escala e transformação.
O programa teve início com a participação de 28 startups de impacto social e ambiental, que tiveram acesso a workshops e atividades de capacitação, individuais e coletivas. Dessas, nove foram selecionadas e avançaram para a fase de mentorias. São elas: TeamHub, Nativa, LiaMarinha, ESGScan, Reuso Recicla +, Move.e, GRPRO, Gooders e Recicla Club Gestão de Resíduos. Todas as startups do programa irão participar, ainda, de ações go-to-market, que envolvem rodadas de negócios e aproximações comerciais, previstas para novembro deste ano.
Ao longo do programa, as startups puderam consolidar seu modelo de negócios, adequar e validar suas soluções junto ao mercado e definir uma estratégia sólida de expansão. O programa ofereceu capacitações em diversos conteúdos como: Aprimoramento do Produto, Estratégias de expansão e marketing, Negociação e Vendas, Captação de Recursos e Finanças, Impacto Socioambiental e Medição, e Pitching e Apresentação.
“O Sebrae Minas acredita no potencial dessas startups e na transformação que elas geram na sociedade. Por isso, promovemos iniciativas para apoiar e fortalecer esse ecossistema. Por meio do Programa de Aceleração de Impacto, visamos impulsionar negócios inovadores que unem propósito, impacto positivo e sustentabilidade”, destaca a analista do Sebrae Minas, Manuela de Assis.

Transformação
A Reuso Recicla+ é uma das 28 startups que participaram do programa. De Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais, a CEO da startup, Yula Merola, relembra que “o negócio nasceu com um propósito claro: transformar a forma como empresas e condomínios lidam com seus resíduos, promovendo economia circular, inclusão social e sustentabilidade ambiental”.
A startup atua com a gestão integrada de resíduos sólidos, oferecendo serviços de coleta seletiva e doação de materiais recicláveis para cooperativas, além de fornecer treinamentos, relatórios de impacto socioambiental e projetos de sustentabilidade corporativa. Atualmente, estão em fase de validação da nova plataforma digital, a Recicla.ESG, que promete transformar resíduos em indicadores ESG (Ambiental, Social e Governança), permitindo que empresas comprovem conformidade legal e impacto positivo de forma transparente.
“Esse projeto ganhou forma dentro do Programa de Aceleração de Impacto, que nos deu apoio fundamental para estruturar nossa solução digital”, relembra Yula. Para a CEO, a experiência no programa foi decisiva para superar as barreiras de estar no interior do estado e acelerar o negócio. “As mentorias em estratégia de crescimento, métricas de impacto, captação de recursos e inovação ampliaram nossa visão e nos conectaram a uma rede que sozinhos não alcançaríamos”, destacou.
Para ela, o programa trouxe um novo olhar sobre o negócio. “Uma das maiores viradas de chave foi perceber que o nosso valor não estava apenas no serviço de coleta, mas na entrega de inteligência de dados e de impacto ESG para os nossos clientes. Isso nos fez repensar nosso pitch e principalmente o nosso produto digital. Além disso, o contato com outras startups de impacto ampliou e fortaleceu nossa rede de conexões. Saímos do programa com muito mais clareza e direcionamento de onde queremos chegar”, frisou.