Com a chegada do último trimestre vem uma pergunta inevitável: onde você está em relação às metas que traçou no início do ano? Para muitos, esse é o momento de encarar a realidade com honestidade e, se necessário, recalcular a rota. Longe de ser motivo de frustração, essa pausa estratégica pode representar uma oportunidade valiosa de retomada com mais clareza e propósito.
De acordo com Amanda Braga, empresária e sócia do Instituto Princípio Kaizen em Minas Gerais, a chegada do último trimestre é um convite natural à reflexão. “É o momento ideal para fazer uma análise sincera do que funcionou até aqui e do que precisa ser ajustado. Muitas vezes as pessoas se sentem desanimadas por não terem atingido certos objetivos, mas a verdade é que sempre é tempo de recomeçar com mais consciência”, afirma.
Segundo ela, o primeiro passo é fazer uma revisão sem julgamento. “Rever metas não é sinônimo de fracasso. Pelo contrário: mostra maturidade emocional. A vida muda, as prioridades mudam, e os objetivos também podem e devem ser recalibrados com base no que você aprendeu até aqui”, destaca.
Amanda explica que, muitas vezes, a sensação de estagnação vem da falta de clareza. “Muita gente começa o ano no automático, com metas genéricas como ‘fazer mais exercício’ ou ‘ganhar mais dinheiro’. Mas metas vagas geram resultados vagos. Neste momento, é possível redefinir com mais precisão e propósito”, orienta.
Entre as técnicas recomendadas pela especialista está o uso do modelo S.M.A.R.T., que ajuda a transformar metas em objetivos específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais. “Quando você torna suas metas claras e acionáveis, o cérebro entende melhor o caminho. Isso reduz a ansiedade e aumenta a motivação”, explica.
Por fim, a empresária lembra que recomeçar não exige uma segunda-feira ou um novo ano, apenas uma decisão consciente. “O último trimestre do ano pode ser, sim, um ponto de virada. É como se você estivesse escrevendo um livro: ainda dá tempo de mudar o rumo da história e ter um desfecho totalmente diferente”, conclui.