Por Marcela Rodrigues Rocha
Falar sobre saúde mental é também falar sobre nutrição.
Não só a saúde física, mas também a mental, são beneficiadas através da alimentação.
Seu comportamento alimentar é diretamente afetado pela sua saúde mental.
As nossas emoções estão conectadas com o ato de comer.
As frases acima têm comprovação científica e é sabido também o quanto o nosso coração, o nosso cérebro e a nossa mente são afetados pela nossa dieta, ou vice-versa. Estudos recentes têm demonstrado uma relação muito próxima entre o que comemos e a nossa sensação de bem-estar e satisfação.
Um dos sintomas mais comuns dos transtornos mentais é a alteração do apetite. Para menos ou para mais – ou seja, uma pessoa que está sofrendo com a ansiedade, depressão, tristeza, ela pode começar a comer muito, a comer pouco ou até deixar de comer.
Além de nutrir, do ponto de vista fisiológico, os alimentos trazem química para o corpo, geram prazer e memória afetiva. Apresentam ainda substâncias que atuam estimulando neurotransmissores, responsáveis por conduzir o impulso nervoso de um neurônio ao outro, como por exemplo serotonina, dopamina, noradrenalina e acetilcolina. E estão relacionados a várias funções, como regulação da atividade psicomotora, apetite, sono, prazer e humor.

Alimentos integrais, vegetais (frutas, verduras, legumes) contêm vitaminas minerais, fibras e antioxidantes que ajudam a proteger o corpo e permitem que ele funcione adequadamente. Claro que você poderá funcionar sem eles, mas os problemas acabam se manifestando, inevitavelmente:
Ansiedade.
Depressão.
Déficit de atenção.
Libido baixa.
Diabetes.
Doenças cardíacas.
Fadiga.
Constipação.
Obesidade.
Todas essas condições de saúde ou falta dela, têm relação com o estilo de vida – ou se desenvolvem ou são amenizadas a partir das escolhas que fazemos, do modo que encaramos a vida e pela forma que vivemos.
Se você acha que praticar seu exercício físico favorito, comer bem e saudavelmente, dormir suficientemente e fazer terapia, vai ajudar a resolver muito dos seus problemas, você está certo!
A alimentação pode e deve ser uma grande aliada no tratamento das condições psicoemocionais, mas não substitui acompanhamento psicológico, psiquiátrico. Mantenha um canal aberto de conversa com profissionais especializados, eles com certeza nos ajudarão a enxergar uma luz no fim do túnel.
Vou deixar aqui para você uma listinha de alimentos fontes de nutrientes importantes que dão uma forcinha para a saúde mental – colaborando com o bom humor, fornecendo substâncias antioxidantes e contribuindo com a produção de serotonina, Capriche!

Vitamina B12 (cianocobalamina) – carne, peixes, leite derivados e ovos;
Vitamina B6 (piridoxina) – banana, arroz integral, feijão, batata, salmão, lentilha, aveia, abacate, nozes;
Vitamina B9 (ácido fólico) – cereais integrais como arroz, trigo e quinoa, laranja e maçã;
Triptofano – proteínas animais, cereais integrais e leguminosas, como feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico, melancia, abacate, mamão, banana, tangerina e limão;
Magnésio – cacau, folhas verdes escuras, abacate, sementes, nozes, castanhas e leguminosas;
Selênio – nozes, amêndoas, castanha do Pará;
Colina – gema do ovo e em algumas carnes, brócolis e soja;
Ômega 3 – peixes de água fria (salmão, arenque, cavala, sardinha e atum), linhaça, chia, castanha do Pará, nozes, amêndoas, pistache.
Sua vida vale muito!
Cuide-se, de dentro para fora, de setembro a setembro!
Até breve!
Marcela nutri

Marcela Rodrigues Rocha
Nutricionista (CRN9 – 5529), especialista em Gastronomia, Mestre em Ciências dos Alimentos e Doutoranda em Engenharia de Alimentos – USP.
@marceladricha
Fotos: FreePick
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