
A água potável é um recurso finito e sua escassez é uma preocupação global. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 2,2 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a água potável segura, e o consumo excessivo agrava ainda mais esse cenário. No Brasil, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) estima que, até 2030, o país possa enfrentar um déficit hídrico em diversas regiões caso não sejam adotadas soluções sustentáveis.
Pensando nisso, o setor da construção civil tem investido em alternativas que tornam seus empreendimentos mais eficientes no uso da água. “Acredito que falar em economia de água é uma premissa para todos os setores. A gente não pode simplesmente ignorar a urgência climática pela qual o planeta está passando. Por isso, a preocupação de minimizar os danos ao meio ambiente é ponto de partida para todo mundo, sobretudo o setor de construção”, afirma o engenheiro Maurício Cunha, da Construtora Andrade Ribeiro.
Um exemplo é o Seventy, um empreendimento da construtora de Maurício, que conta com um sistema de poço artesiano e distribuição de água mineral encanada. “São soluções que garantem uma fonte hídrica de qualidade para os moradores, reduzindo a dependência de sistemas públicos de abastecimento e promovendo um consumo mais sustentável”, explica.
Além de oferecer conforto e praticidade aos moradores, a implementação de um poço artesiano em um empreendimento imobiliário contribui para a diminuição da a carga exigida do sistema de abastecimento da concessionária, que depende quase exclusivamente de reservatórios superficiais de água. “Hoje, no setor, é possível encontrar diversos exemplos de como a construção civil pode se tornar um aliado na luta pela sustentabilidade, e o uso de poços artesianos é um deles”, alerta.
Já a iniciativa da água mineral encanada é uma solução que, segundo estimativa da empresa que fornece a água mineral para o empreendimento, pode gerar uma economia de 2 a 4 mil quilos de embalagens plásticas por ano no local. “Nós somos um dos países que mais produz lixo plástico no mundo. E a gente sabe o problema que é a decomposição desse material. Além disso, a saúde, a segurança e a comodidade também foram diferenciais que fizeram com que decidíssemos por esse serviço”, explica o engenheiro.
Segundo Maurício, também a exigência dos compradores, cada vez mais antenados com a questão ambiental, vem influenciando o comportamento da construção civil. “Ao escolherem um imóvel que prioriza a eficiência no consumo de água, os compradores não apenas investem em qualidade de vida, mas também contribuem para um futuro mais sustentável. Temos certeza que cada vez mais o setor vai apostar em práticas responsáveis para minimizar o impacto ambiental e inspirar o mercado imobiliário a adotar medidas mais ecológicas”, finalizou Maurício.
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