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Cuidados que precisa ter com seu pet durante o calor intenso

No período de calor, os riscos para cães e gatos aumentam significativamente. Queimaduras nas patas, desidratação e hipertermia estão entre os problemas mais comuns. Em Jataí (GO), as professoras Gisele e Dalila, do curso de Medicina Veterinária da Una, alertam que os cuidados devem ser redobrados entre dezembro e março, período mais quente do ano. O motivo? Mudanças climáticas e hábitos inadequados dos tutores, como passeios em horários de sol intenso e falta de hidratação adequada. 

 Durante o verão, cães e gatos podem ter a saúde comprometida e até levar à morte. “Eles não transpiram como nós. A troca de calor ocorre pela respiração, o que os torna mais vulneráveis ao superaquecimento”, explica a professora Gisele. A hipertermia pode ser identificada por sinais como respiração ofegante, salivação excessiva e pele quente ao toque. Já a desidratação é percebida por mucosas secas, olhos fundos e perda de elasticidade da pele. “Se ao puxar a pele das costas ela demora a voltar, é sinal de alerta”, completa Dalila. 

Raças braquicefálicas, como Pug, Bulldog e Shih-tzu, além de filhotes e idosos, exigem atenção especial. “Esses animais têm maior dificuldade respiratória e sensibilidade ao calor, por isso devem permanecer em locais arejados e com água fresca disponível”, orienta Gisele. Dalila reforça: “Filhotes e idosos desidratam mais rápido e podem apresentar doenças cardíacas ou respiratórias agravadas pelo calor”. 

Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil tem mais de 149 milhões de pets, e as ondas de calor têm aumentado os atendimentos emergenciais por hipertermia nos últimos dois anos. A tendência é que os tutores busquem cada vez mais soluções preventivas, como tapetes de resfriamento, bebedouros automáticos e monitoramento remoto da temperatura corporal. 

Dicas para proteger cães e gatos no verão

Evite passeios em horários quentes. Prefira antes das 9h ou após as 17h. Faça o teste do asfalto: se você não consegue manter a mão por 30 segundos, está quente demais para as patas; 

Disponibilize potes de água fresca ou fontes para estimular gatos. Cubos de gelo ou frutas geladas, como maçã e banana, podem ajudar; 

Observe sinais de alerta: Respiração ofegante, salivação intensa e pele quente indicam risco de hipertermia; 

Hidratantes específicos e protetor solar pet para focinho, orelhas e áreas desprovidas de pelos (abdômen) são recomendados para proteger contra queimaduras; 

Sol e chuva favorecem carrapatos e pulgas. Mantenha protocolos preventivos em dia. 

”É essencial evitar atividades físicas intensas em horários de pico e nunca deixar o animal em locais fechados sem ventilação, como carros”, reforça Dalila. Para Gisele, a palavra-chave é atenção: “Mudanças comportamentais, como apatia ou falta de apetite, são sinais para procurar um veterinário imediatamente”. 

Com ondas de calor cada vez mais intensas e mudanças climáticas alterando padrões de temperatura, os cuidados com cães e gatos deixam de ser apenas uma recomendação e passam a ser uma necessidade urgente. Especialistas reforçam que a prevenção é a melhor forma de garantir qualidade de vida aos pets e evitar situações de risco que podem evoluir para quadros graves.  
Em um país que soma mais de 149 milhões de animais de estimação, segundo a Abinpet, a responsabilidade dos tutores é decisiva. O verão pode ser um período de lazer para todos, mas só será seguro se os tutores estiverem atentos aos sinais e adotarem medidas simples. Cuidar é também proteger. 

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