
Análise realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, com base nos dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, mostra que o setor cresceu 0,6% em dezembro em comparação com o mês anterior. No mesmo período, o setor de serviços no país teve queda de -0,5% e mostra recuperação em relação a novembro quando houve retração de -1,4%. O indicador nesta base de comparação traz reflexos sazonais com oscilações de aumento ou redução no volume de serviços.
A análise aponta que os serviços de informação e comunicação puxaram o crescimento dos serviços no estado em 2024 com evolução de 8,3% em 12 meses. Os serviços prestados às famílias ficaram em segundo lugar com crescimento de 7,9% no período.
O segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que tem o maior peso para o setor de serviços de Minas Gerais (39,67%), teve incremento de 2,9% de janeiro a dezembro de 2024.
A comparação anual, mês de dezembro de 2024 com dezembro de 2023, mostra que o volume de atividade do setor de serviços registrou aumento de 3,6% em Minas Gerais. O avanço na base de comparação anual ficou acima do observado no mesmo período de 2023, quando o avanço foi de 1,9%.
No período de 12 meses, janeiro a dezembro de 2024, os serviços apresentaram desempenho positivo de 2,0% no estado. O crescimento é menor do que o observado no mesmo período de 2023, quando o setor registrou um avanço de 8,0% em relação a 2022. Este é o quarto ano consecutivo em que o indicador registra desempenho positivo no acumulado dos doze meses.
De acordo com Fernanda Gonçalves, economista da Fecomércio MG, “Apesar dos fatores desafiadores, o mercado de trabalho encontra-se aquecido, com uma das menores taxas de desempregos observadas em Minas Gerais e no Brasil. Acrescido a isso, observa-se também uma maior disponibilidade de renda entre as famílias o que contribui para os melhores índices no acumulado dos 12 meses nos setores dos serviços prestados a família e serviços de informação e comunicação. Isso impacta o aumento do consumo, proporcionando vantagens diretas aos segmentos de comércio de bens, serviços e turismo.”
Prossegue a economista: “em 2025 o setor deve manter o protagonismo na geração de empregos e renda, mas é esperado que haja um menor crescimento dos serviços neste ano. Um dos fatores que pode acarretar um crescimento menos acentuado é a elevação da taxa básica de juros da economia, que tem como seu principal foco a redução da inflação, por meio do arrefecimento da economia”, finaliza.
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