Gabo: uma casa latina no coração da Savassi

Em uma casa tombada da Avenida Cristóvão Colombo, o Gabo propõe um olhar afetivo sobre a América Latina, onde o cotidiano e o extraordinário convivem à mesa. O nome vem do apelido do escritor Gabriel García Márquez, referência que traduz o espírito da casa: um lugar onde a simplicidade, a imaginação e o prazer de estar junto se encontram.

O projeto nasceu do encontro entre quatro nomes da cena gastronômica e de bebidas de Belo Horizonte: a chef Ornela Mattos, a Lamparina Cachaçaria e as cervejarias São Sebastião e Inspetor.

“Queremos que as pessoas se sintam em casa, vivendo momentos de alegria e partilha, com comida boa e hospitalidade”, resume a chef Ornela Mattos, que assina o cardápio e comanda a cozinha. Sua gastronomia parte dos ingredientes e tradições latino-americanas, reinterpretados a partir de Minas Gerais. “A ideia é sempre buscar um elo, um ingrediente, uma técnica ou uma lembrança, e a partir dele criar pratos criativos e autorais, com sabor e identidade.”

O menu reúne preparos que convidam ao convívio, como patacones, empanadas venezuelanas, tacos e carnitas, entre outras receitas que celebram a cozinha popular e de rua do continente. O cardápio é vivo, em constante movimento, e reflete a curiosidade e o olhar experimental da cozinha.

O bar, comandado pela Lamparina, segue o mesmo espírito. A carta de drinques trabalha com destilados latino-americanos como cachaça, rum, pisco e tequila, em coquetéis clássicos e autorais. As torneiras servem cervejas artesanais da São Sebastião e da Inspetor Sands e vinhos naturais em taça ou jarra, reforçando a proposta de simplicidade e partilha.

O casarão centenário mantém pisos e ladrilhos originais, agora em diálogo com tons quentes, vegetação e mobiliário leve. “O Gabo é um espaço de encontros, entre pessoas e histórias. Queremos que quem entra aqui sinta que o tempo desacelera um pouco”, diz Augusto Franco, da São Sebastião. A trilha sonora e as apresentações musicais, às terças e quartas, completam o clima. 

O Gabo funciona de terça a quinta, das 17h à meia-noite, e sextas e sábados, até 1h. Um ponto de encontro onde a latinidade e a mineiridade se misturam de forma natural, com boa comida, bons drinques e boas conversas.