No próximo sábado, dia 9 de novembro, a escritora, dramaturga e curadora Guiomar de Grammont realiza o lançamento de seu mais recente trabalho literário “Mais pesado que o ar”, obra que promete mergulhar profundamente nas emoções humanas e nas complexidades da existência.
O evento acontece a partir das 11 horas, na Livraria Scriptum (Rua Fernandes Tourinho, 99 – Savassi) e terá a mediação de Emílio Maciel – Doutor em Literatura Comparada pela UFMG e professor-associado do ICHS/UFOP. Publicou ensaios sobre Roberto Schwarz, Giacomo Leopardi, Charles Baudelaire, Machado de Assis, Sérgio Buarque de Holanda, Bob Dylan, J.M.Coetzee, entre outros.
Com o prestígio de ter prefácio assinado pela consagrada escritora Elisa Lucinda e orelha escrita pelo renomado crítico literário José Castello, este novo livro se destaca não apenas por seu lirismo, mas também por seu olhar filosófico e reflexivo sobre a vida contemporânea. “Mais pesado que o ar” pode ser adquirido durante o lançamento e também no site da editora Tinta Negra e na Amazon.
Uma jornada introspectiva e universal
Com uma narrativa fragmentada e introspectiva, o novo livro de Guiomar de Grammont é uma meditação sobre a existência, as viagens interiores e a busca por pertencimento. A trama se desenrola em diversas cidades do mundo, como Sevilha, Ouro Preto, Paris e Havana, todas carregadas de simbolismo e reflexões sobre identidade, exílio emocional e as memórias que moldam quem somos.
A obra é um verdadeiro mosaico de emoções e vivências, onde a autora traça uma linha tênue entre ficção e realidade, mesclando elementos autobiográficos com uma profunda análise do ser humano em sua relação com o tempo e o espaço, num mundo atravessado por imigrações e deslocamentos, onde o pertencimento é cada vez mais complexo e fugaz.
“Mais pesado que o ar” oferece uma experiência de leitura que vai além da superfície. À medida que a autora se move por diferentes cidades e paisagens, o leitor é convidado a explorar não só os cenários geográficos, mas também as paisagens internas da protagonista. O tema da viagem é constante, seja ela física ou metafórica, e reflete a busca por respostas em um mundo onde o pertencimento é cada vez mais complexo e fugaz.
Em sua mais recente obra, Guiomar de Grammont dialoga com o passado e o presente, com a tradição e a modernidade, tocando em temas como a memória, o tempo e o exílio. Com uma escrita envolvente, a autora leva o leitor a questionar as fronteiras entre o “eu” e o “outro”, entre o lugar de onde viemos e o lugar onde buscamos repouso.
O impacto do prefácio de Elisa Lucinda
A participação de Elisa Lucinda no prefácio agrega à obra uma sensibilidade única. A autora de sucessos como “A Dona da Voz” traz sua conhecida verve poética e uma leitura sensível, criando uma introdução que convida o leitor a mergulhar na profundidade das palavras de Guiomar. Lucinda, uma das vozes mais poderosas da literatura brasileira, oferece uma interpretação que prepara o terreno para o universo complexo e emocional que o livro vai desdobrando página após página.
A visão crítica de José Castello
A orelha assinada por José Castello, um dos mais respeitados críticos literários do Brasil, oferece ao leitor uma interpretação cuidadosa do significado e do impacto da obra. Castello, conhecido por suas análises profundas e sensíveis, destaca as camadas filosóficas e poéticas da narrativa, chamando a atenção para a habilidade de Guiomar de transformar suas viagens externas em viagens internas. Ele explora como a autora navega pelas fronteiras entre o real e o imaginário, criando uma trama que é, ao mesmo tempo, pessoal e universal.
Sobre a autora
Guiomar de Grammont, natural de Ouro Preto, é uma das mais importantes figuras da literatura e da cultura brasileira contemporânea. Além de sua sólida carreira como escritora, Guiomar também é reconhecida como curadora do prestigiado Fórum das Letras de Ouro Preto e como ex-diretora do Instituto de Filosofia, Artes e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto, onde também atua como professora titular. Sua carreira multifacetada inclui ainda passagens pela Editora Record, onde foi editora-executiva entre 2012 e 2013, e pela curadoria da Homenagem ao Brasil no Salão do Livro de Paris em 2015, o que a consolidou como uma das mais influentes vozes literárias e culturais do país.
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