Marcelle Machado lança Silêncio, um livro de muitas vozes

Em um mundo de tantos barulhos, de tanta pressa e de vidas atribuladas, Marcelle Machado vem apresentar a sua escrita, lançando seu primeiro livro de poesias: Silêncio.  

Como define a própria autora: “Silêncio é uma proposta para um momento de leitura calma, de uma pausa para a quietude, de um olhar para si, para a poesia e nada mais”. O lançamento, que sai pela Literíssima Editora, acontece na Livraria do Belas, no sábado 23 de novembro, das 16h às 19h.

Marcelle, que desde sempre teve contato com a leitura e a escrita, faz neste livro uma seleção de textos seus que remontam aos idos de 1996 aproximadamente, até os dias de hoje. Eram textos manuscritos, rabiscados em cadernos, pedaços de papel, cartões, atividades em oficinas literárias, enfim, textos vinculados a décadas de uma produção poética e que foram agora delicadamente selecionados para o Silêncio.

Além desta primeira publicação de um livro de poemas apenas seus, a autora participou recentemente de algumas publicações coletivas, tendo seus textos (poemas e uma crônica) selecionados pela Vivara Editora Nacional e pelo Selo “Off Flip”. Participou, ainda, do oitavo número da coleção de poesia feminina “Elas, a Saudade, o Amanhã”, da própria Editora Literíssima, com o poema “Sessão Nostalgia”.

Marcelle tem formação em Direito, com Mestrado e Doutorado na área da Teoria do Estado e Direito Constitucional e, ainda, Graduação em Letras e Especialização em Revisão de Textos, com publicações acadêmicas nessas respectivas áreas.

No final de 2022, Marcelle foi acometida por uma encefalite autoimune e por uma sequência de internações e tratamentos com medicação que acabaram por gerar uma farmacodermia, com um forte processo alérgico às medicações. Desde então, ela passou por uma série de desafios e cuidados médicos rigorosos. Mas, seus tratamentos foram exitosos e ela leva, atualmente, uma vida normal.

Esse seu período de adoecimento, no entanto, foi de grande valia e aprendizado. Por iniciativa e com o incentivo de seu esposo, Marcello Crispi, ela começou a anotar toda a sua rotina, com uma espécie de diário sobre consultas, remédios, tratamentos, terapias, compromissos, pensamentos, enfim, um registro de suas vivências e memórias.

Nesses dois últimos anos, portanto, a prática da leitura e da escrita foi fundamental, tendo uma relevância ainda maior na vida da autora. E, com isso, ela ganhou um precioso presente, ela ganhou o que hoje é tão raro em nossas vidas: o tempo. Ela teve tempo para si e para seus poemas, tempo para resgatar suas memórias, suas antigas escritas e, ainda, produzir novas. Tempo para produzir e publicar trechos e poemas como este breve e belo poema que segue abaixo:

AFETO

Há dias eternos

que de tão belos

eternos permanecem.

Há momentos ternos

que de tão eternos

belos permanecem.

Há pessoas belas

que de tão ternas

eternas permanecem.