O protagonismo feminino transforma a decoração natalina em um novo mercado criativo e profissional

Durante décadas, a decoração natalina foi vista como uma tarefa doméstica ou uma tradição familiar. No entanto, nos últimos anos, esse cenário mudou, e quem está à frente dessa transformação são as mulheres. Hoje, elas lideram equipes, coordenam grandes instalações e negociam com marcas, condomínios, hotéis e shoppings, dando origem a um novo segmento profissional que une arte, design e gestão.

Segundo o Sebrae, a proporção de mulheres à frente de um negócio cresceu e alcançou 46,8% entre os empreendedores iniciais em 2024. O número de mulheres empreendedoras no Brasil chegou a 10,35 milhões, o que representa cerca de 34% dos empreendedores do país. No universo da economia criativa, os números também impressionam: de acordo com o Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, entre o 3º trimestre de 2023 e o 3º trimestre de 2024, o setor registrou crescimento de 3%, com mais de 228 mil novos postos de trabalho, sendo as áreas de Design (+18%) e Publicidade (+11%) as que mais cresceram.

É dentro desse cenário que surge o protagonismo de profissionais como Vivian Bianchi, diretora criativa e fundadora da Tree Story, empresa especializada em projetos de decoração natalina sob medida. À frente da marca há mais de seis anos, Vivian consolidou um estilo que combina sofisticação, storytelling e praticidade, transformando o Natal em uma experiência sensorial e personalizada. A empresa é reconhecida por projetos autorais, acervos exclusivos e execução completa, do conceito à desmontagem, atendendo clientes como Deloitte Brasil, Givenchy e Midea, entre outros

Para Vivian, a ascensão feminina no setor reflete uma mudança cultural importante. “A decoração natalina sempre existiu, mas antes era vista como algo improvisado ou sem valor profissional. Hoje, é um segmento que exige técnica, planejamento e visão estética. O olhar feminino trouxe sensibilidade, mas também estrutura e inovação. Transformamos um ofício emocional em um negócio criativo, organizado e lucrativo”, destaca.
 
Segundo a especialista, em um momento em que marcas e consumidores buscam propósito e experiências significativas, o toque artístico e estratégico feminino torna-se um diferencial competitivo. “As mulheres têm ocupado um papel central não só na criação, mas na liderança dos projetos natalinos. Elas unem gestão, sensibilidade estética e empatia — três pilares essenciais para que o Natal seja vivido como uma experiência e não apenas como uma data comercial”, completa Vivian.