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Nível de consumo das famílias da capital sobe 5,2 pontos em agosto com estabilidade no emprego e na renda, mostra ICF

Tempo de leitura: 3 min

em 03/09/2024

Nível de consumo das famílias da capital sobe 5,2 pontos em agosto com estabilidade no emprego e na renda, mostra ICF

De acordo com a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias, analisada pelo núcleo de Pesquisa & Inteligência da Fecomércio MG e aplicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Índice de Consumo das Famílias (ICF) registrou elevação em Belo Horizonte, no mês de agosto, atingindo 94,2 pontos. A pesquisa apontou para um aumento de 0,5 ponto de um mês para outro indicando redução no grau de insatisfação dos consumidores. O nível de satisfação de consumo é alcançado quando o ICF chega aos 100 pontos. No geral, a maioria das famílias informa que as condições para a intenção de consumo estão melhores ou se mantêm iguais a agosto de 2023. 

A segurança com o emprego, em relação ao mesmo período do ano passado, oscilou positivamente em relação ao indicador do mês anterior. Em julho a pontuação era de 125,5 chegando a 125,9 em agosto. O indicador atual é 1,1 ponto inferior em relação ao observado no mesmo período de 2024. Um percentual maior de famílias, 40,7%, se sente mais seguro em 2024 enquanto outras 38,9% têm a mesma percepção de segurança no emprego que tinham em igual período do ano passado.

Para 55,7% dos chefes de famílias que ganham acima de 10 salários-mínimos, a expectativa é de melhoria da situação profissional nos próximos seis meses. Para as famílias que ganham abaixo dessa faixa de renda, a expectativa de melhoria é menor, correspondendo a 45,1% do total. Com isso, o indicador de perspectiva profissional de agosto chegou aos 100,4 pontos, 3,2 pontos abaixo de julho.

Se comparada com mesmo período do ano passado, a renda das famílias de Belo Horizonte permanece igual a 2023 para 50,4%. A outra metade dos entrevistados se divide em 25,6% que consideram que a renda melhorou e outros 24,0%, que avaliam que a renda familiar piorou. Com isso, o indicador de renda atual foi a 101,6 pontos, 1,3 ponto abaixo de julho.

O indicador de acesso ao crédito registrou aumento de 0,8 ponto em agosto, aos 86,0, mas aponta para redução de 15,5 pontos em relação à percepção das famílias em agosto de 2023. Para 40,1% das famílias belo-horizontinas, o acesso ao crédito piorou entre julho e agosto. Outros 26,1% acham que as compras a prazo estão mais facilitadas e um percentual de 32,0% registra que o acesso ao crédito continua igual a mesmo período do ano passado.    

O indicador de nível de consumo, registrou um aumento significativo de 5,2 pontos sobre a medição de julho. Chegou aos 80,4 com 26,3% das famílias informando que estão comprando igual ao mesmo período de 2023 e outras 27,0% indicando que compram mais em agosto deste ano. Um percentual de 46,7% indicou que o consumo está menor do que em 2023.

A perspectiva de compras para o segundo semestre de 2024, em comparação com o segundo semestre de 2023, é maior para 33,7% das famílias ou será igual ao ano passado para outros 35,0%. Com isso, o indicador de perspectiva de consumo de agosto foi a 103,1 pontos, 1 ponto menor do que o medido em julho. Para 30,6%, o consumo no segundo semestre será menor do que o mesmo período de 2023. 

A intenção de consumir bens duráveis continua em crescimento e já indica uma pontuação de 23,1 acima do mesmo período de 2023. Ainda assim o indicador, aos 61,7 pontos, está muito abaixo dos 100 pontos de satisfação embora esteja dois pontos acima de julho. Para 68,0% dos entrevistados, o momento é ruim para adquirir bens duráveis. Essa percepção se altera em relação à renda das famílias. Para as que ganham acima de 10 salários-mínimos, o indicador chega a 80 pontos; para as famílias com renda abaixo daquela faixa salarial, o momento para consumo é bem menos insatisfatório, aos 58,8 pontos.

De acordo com Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG, a intenção de consumo das famílias em Belo Horizonte tem mostrado um crescimento contínuo, refletindo uma expectativa moderada entre os consumidores. As famílias com renda superior a dez salários-mínimos demonstram maior otimismo e capacidade de consumo, especialmente em itens não essenciais.

De acordo com a economista, “a economia local e nacional tem influenciado diretamente essa intenção de consumo. No entanto, apesar das dificuldades econômicas, há uma perspectiva positiva para os próximos meses, com as famílias de menor renda começando a mostrar sinais de aumento na intenção de consumo”.

Esses fatores combinados criam uma visão de expectativa cautelosa, onde as famílias estão mais propensas a consumir, mas ainda atentas às condições econômicas”, explica Martins.

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