De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 3% da população mundial, ou seja, 125 milhões de pessoas em todo o mundo, sofrem com os sintomas da psoríase, sendo 5 milhões apenas no Brasil. A psoríase é uma doença dermatológica crônica, relativamente comum, cuja frequência aumenta até a vida adulta, embora seja raro seu surgimento ao nascimento. Fatores genéticos, ambientais e emocionais desencadeiam as alterações imunológicas que causam lesões avermelhadas, descamativas e inflamatórias na pele.
A dermatologista Marcela Mattos explica que a psoríase é caracterizada por sintomas como manchas vermelhas pelo corpo e coceira. “A psoríase apresenta uma variedade de sintomas, que podem incluir manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas, pequenas manchas residuais após a melhora das lesões avermelhadas, pele ressecada e muitas vezes com sangramento, além de coceira, queimação e dor. Em casos mais graves, pode haver engrossamento e descolamento das unhas, além de inchaço e rigidez nas articulações, o que pode levar à destruição e deformidades nas fases mais avançadas da doença“, explica.
A psoríase não pode ser transmitida de uma pessoa para outra por contato físico, compartilhamento de objetos ou proximidade. Apesar de não ser contagiosa, a condição ainda é cercada de estigmas, com muitos pacientes enfrentando preconceitos e discriminação devido à aparência das lesões na pele. Esses equívocos sobre a transmissão da doença contribuem para o isolamento social e emocional de quem convive com a psoríase, reforçando a necessidade de conscientização pública para combater esses mitos e promover um entendimento mais correto sobre a condição.
Infelizmente, a ciência ainda não desenvolveu uma forma de prevenir a doença, mas a dermatologista explica que existem tratamentos que melhoram a qualidade de vida dos pacientes. “Embora não seja possível evitar o surgimento da psoríase, há uma série de tratamentos disponíveis que podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, controlando os sintomas e as crises. Por isso, é importante falarmos sobre este dia para promover a conscientização sobre a psoríase, combater o preconceito e aumentar o conhecimento sobre os tratamentos que possibilitam o controle dessa condição”, finaliza Marcela Mattos.
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