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Tempo seco e saúde ocular: especialista alerta para os riscos da baixa umidade do ar à saúde dos olhos

Tempo de leitura: 4 min

em 20/07/2025

Tempo seco e saúde ocular: especialista alerta para os riscos da baixa umidade do ar à saúde dos olhos

Com a chegada do inverno e a queda na umidade do ar, aumentam os casos de desconforto ocular. A estação mais fria do ano, marcada por clima seco, pode desencadear ou agravar a chamada síndrome do olho seco — condição que afeta a lubrificação natural dos olhos e compromete a qualidade de vida.

Em julho de 2025, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) voltou a emitir alerta para Belo Horizonte e outras 392 cidades mineiras, com umidade variando entre 20% e 30%, o que já configura estado de atenção, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o oftalmologista Luiz Carlos Molinari, cooperado da Unimed-BH, o ambiente seco reduz a produção de lágrimas, deixando os olhos mais vulneráveis. “A baixa umidade compromete a lubrificação ocular, provocando sintomas como vermelhidão, coceira, ardência, sensação de areia nos olhos e até embaçamento visual, especialmente no fim do dia”, explica o médico.

Além do clima, o uso prolongado de telas também contribui para o agravamento do quadro. “Quando estamos concentrados em celulares, computadores ou televisores, piscamos menos. Isso favorece a evaporação da lágrima e o ressecamento da superfície ocular”, alerta Molinari.

O especialista destaca que, embora colírios lubrificantes estejam disponíveis sem prescrição, seu uso indiscriminado pode trazer riscos. “Alguns colírios contêm conservantes que podem causar reações alérgicas ou agravar o ressecamento. O uso excessivo pode levar à dependência e dificultar a lubrificação natural dos olhos”, afirma.

Molinari também chama atenção para os grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. “As crianças ainda estão com o sistema imunológico em desenvolvimento e os idosos, por sua vez, podem ter doenças pré-existentes que agravam o quadro. Ambos os grupos são mais suscetíveis à desidratação e infecções oculares”, alertou. Casos não tratados adequadamente podem evoluir para infecções mais graves, como ceratites e úlceras na córnea, com risco de perda da visão. “A córnea é a camada transparente que recobre o olho e é essencial para a visão. Quando comprometida, pode haver danos irreversíveis”, alerta o oftalmologista.

Período também favorece surgimento de casos de conjuntivite

O clima seco, comum no inverno da capital mineira, reduz a lubrificação natural dos olhos e favorece a concentração de poluentes, o que aumenta a incidência de conjuntivite viral e alérgica. A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva — a membrana transparente que reveste a parte branca dos olhos e o interior das pálpebras — e pode ter diferentes causas, sendo as mais comuns a viral e a alérgica. Nos dois casos é importante consultar um médico oftalmologista e evitar automedicação.

Segundo Molinari, a conjuntivite viral é geralmente causada por vírus como o adenovírus e é altamente contagiosa. Costuma começar em um olho e, em poucos dias, pode afetar o outro. “Os principais sintomas incluem vermelhidão, lacrimejamento excessivo, sensação de areia ou corpo estranho nos olhos, coceira, fotofobia (sensibilidade à luz) e secreção aquosa. Em alguns casos, pode haver ínguas doloridas próximas ao ouvido e sintomas respiratórios associados, como coriza e espirros”, explica o especialista.

O oftalmologista explica também que a conjuntivite alérgica não é contagiosa e está relacionada à exposição a alérgenos como poeira, pólen, pelos de animais ou ácaros. “Afeta geralmente os dois olhos ao mesmo tempo e provoca coceira intensa, lacrimejamento, vermelhidão, inchaço nas pálpebras e secreção clara ou gelatinosa. Também pode causar visão embaçada e estar associada a outros sintomas alérgicos, como espirros e nariz entupido, especialmente em pessoas com rinite alérgica”, declara.

Apesar de ambas causarem desconforto, o tratamento é diferente informa o médico. “A conjuntivite viral costuma se resolver sozinha em até duas semanas, exigindo apenas cuidados de higiene e colírios lubrificantes, enquanto a alérgica pode exigir o uso de antialérgicos e controle ambiental para evitar novos episódios”, disse.

Orientações do especialista

A boa notícia é que é possível prevenir os efeitos do tempo seco com cuidados simples e eficazes. Confira as orientações do especialista:

  • Hidrate-se bem: beba bastante água ao longo do dia para manter a produção de lágrimas.
  • Use umidificadores de ar ou coloque bacias com água nos ambientes para aumentar a umidade.
  • Evite exposição direta ao ar-condicionado e ao vento, que ressecam ainda mais os olhos.
  • Pisque com frequência, especialmente ao usar telas, para manter a lubrificação ocular.
  • Siga a regra 20-20-20: a cada 20 minutos, olhe para algo a 6 metros de distância por 20 segundos.
  • Use lágrimas artificiais sem conservantes, sempre com orientação médica.
  • Alimente-se bem, incluindo alimentos ricos em ômega 3, que ajudam na saúde ocular.
  • Use óculos com proteção UV ao sair ao sol, para proteger os olhos da radiação ultravioleta.
  • Consulte um oftalmologista regularmente, especialmente se houver sintomas persistentes.

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