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Checkup oftalmológico em crianças pode evitar problemas de aprendizado e de desenvolvimento

Tempo de leitura: 3 min

em 17/01/2025

Checkup oftalmológico em crianças pode evitar problemas de aprendizado e de desenvolvimento

Para além das colônias de férias, das brincadeiras em casa e das viagens, o período de férias escolares também pode ser usado para o checkup oftalmológico das crianças. Afinal, garantir que um problema de visão seja diagnosticado e/ou tratado logo no início pode assegurar o desenvolvimento e o aprendizado dos pequenos.

“Na infância, enxergar bem é fundamental para o desenvolvimento de habilidades motoras e a coordenação, que são necessárias para atividades como escrever, desenhar, cortar com tesoura e praticar esportes e, posteriormente na vida adulta, como dirigir e operar máquinas. A visão também influencia no equilíbrio e a percepção espacial: se uma criança tem dificuldades para perceber a profundidade ou a distância não irá se movimentar no espaço de maneira segura e eficiente”, destaca a oftalmopediatra da unidade de Oftalmologia do Hospital Evangélico de Belo Horizonte (HE), Ana Clara de Souza Campolina.

Rotina de consultas

Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP), a primeira consulta com o especialista em olhos deve ser realizada entre 6 meses e 1 ano de vida. Quando o exame é normal, a segunda visita pode acontecer entre 3 e 5 anos. Em caso de alteração, essa frequência é definida pelo médico, para que o tratamento seja eficaz. “Em janeiro temos o aumento de doenças como conjuntivites virais e alérgicas, que podem ser detectadas e tratadas a partir da consulta oftalmológica, mas há sinais que os pais e responsáveis devem observar no dia a dia, e que podem indicar baixa visão, necessidade de uso de tampão ou até a existência de uma doença grave”, explica.

Entre eles a médica enumera o desvio de um ou de ambos os olhos em qualquer direção, que pode ocorrer quando a criança está apenas cansada ou em todo momento; a prática de esfregar ou piscar os olhos de forma excessiva; aproximação da tela da TV ou de objetos para observá-los; reclamar de dor de cabeça ao ler ou escrever; dificuldade de ver o quadro na escola; olhos frequentemente vermelhos, irritados, inchados; excesso de irritabilidade e desconforto com a luz forte ou externa e lacrimejamento excessivo acompanhado ou não de secreção ocular são algumas situações que podem demandar cuidados específicos.

“Caso algum desses sintomas seja identificado, é importante procurar um oftalmologista o quanto antes, para uma avaliação mais detalhada e quanto mais cedo o diagnóstico for feito, melhor”, recomenda. Um exemplo é o tratamento de ambliopia (olho preguiçoso), que pode evitar complicações no desenvolvimento visual da criança, bem como estrabismo (olho torto) ou desviado, erros refrativos como miopia, hipermetropia e astigmatismo; catarata infantil ou congênita; glaucoma infantil; obstrução das vias lacrimais; infecções oculares como conjuntivite e doenças hereditárias.

“Nem todas essas condições podem ser revertidas ou curadas, mas podem ser tratadas por meio de recursos como óculos, tampão e cirurgia, para garantir o desenvolvimento visual saudável da criança, prevenir problemas mais graves no futuro e assegurar que ela tenha uma vida cotidiana e escolar mais confortável e produtiva”, frisa.

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Dra. Ana Clara de Souza Campolina – Divulgação

Telas

O uso de telas tende a aumentar durante as férias, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A oftalmopediatra Ana Clara Campolina ressalta que, na infância, essa prática pode causar problemas oftalmológicos, especialmente quando não há limites para a exposição. Ela explica, ainda, que as chamadas telas de perto como as de celulares, tablets e computadores são as mais prejudiciais e podem causar fadiga e cansaço ocular, visão embaçada, aumento do risco de miopia, espasmo de acomodação ou pseudomiopia, olhos secos e irritados e, ainda, alteração do ritmo do sono.

“Equilibrar o tempo de exposição e promover hábitos saudáveis para os olhos – o que chamamos de “tempo ao ar livre” são medidas fundamentais para as crianças”, alerta. Da mesma forma, a liberação de telas deve se dar para crianças entre 3 e 5 anos, com período máximo de 1 hora por dia e a uma distância de pelo menos 30 cm do rosto. A regra do 20-20-20 também pode ser implantada. Nesse caso, para cada 20 minutos de tela, olhar pelo menos 20 segundos algo a 20 metros de distância.

Atividades ao ar livre aumentam a exposição ao sol, medida que protege a criança de miopia, por exemplo. Dentro de casa, o uso de umidificadores no ambiente e, se necessário, o uso de lubrificantes oculares prescritos por oftalmologistas especificamente para a criança podem evitar sintomas de irritação e olho seco. Para melhorar a qualidade do sono, o ideal é evitar o uso de telas 1 a 2 horas antes de dormir. 

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