Especialista da Huntington Pró-Criar comenta sobre as possibilidades de gravidez para pacientes que enfrentam esse quadro
Também conhecida como insuficiência ovariana primária ou falência ovariana prematura, a menopausa precoce é uma condição em que os ovários de uma mulher param de funcionar antes dos 40 anos de idade e ocorre a interrupção do ciclo menstrual. Por conta disso, muitas mulheres têm dúvidas se é possível engravidar ao ter esse quadro diagnosticado.
Conforme explica o ginecologista e especialista em reprodução assistida da Huntington Pró-Criar, Dr. João Pedro Junqueira Caetano, mulheres na menopausa precoce têm menos de 10% de chance de engravidar naturalmente com óvulos próprios. “No entanto, se o diagnóstico for feito de forma antecipada e a paciente ainda ovular, algumas condutas podem ser tomadas, como a fertilização in vitro ou ainda acompanhamento do período ovulatório com ultrassom para tentativas de gestação natural. As chances de sucesso com FIV são maiores e, no caso de se optar por tratamento com óvulos doados, aumenta muito a possibilidade de gestação”, afirma.
De acordo com o médico, a menopausa precoce está presente em 1% das mulheres abaixo dos 40 anos e as causas dessa condição podem ser genéticas ou consequência de doenças autoimunes. “No primeiro caso, o histórico familiar pode ser um indício. Mães e filhas tendem a entrar na menopausa em idades parecidas, por isso é importante ter atenção ao período menstrual de parentes que são mais próximas”, ressalta Dr. João Pedro.
Ainda segundo o especialista, medicamentos usados para tratar algumas doenças como câncer e doenças auto-imunes também podem acelerar o processo da menopausa, e os tratamentos contra o câncer, como quimioterapia e radioterapia, costumam atacar as células reprodutivas.
“Fatores como má alimentação, sedentarismo e o tabagismo também podem influenciar na qualidade dos gametas e ser um fator de contribuição no surgimento da menopausa precoce. Um estilo de vida saudável é importante para prevenir essa condição”, completa.
Principais sintomas
Entre os principais sintomas, Dr. João Pedro cita a amenorreia (parada da menstruação), ressecamento vaginal, queda da libido, ondas de calor, irritabilidade e falta de concentração, insônia e cansaço, aumento de peso, dores de cabeça, incontinência urinária, entre outros.
“Ao notar qualquer um desses sintomas antes dos 40 anos, é importante procurar o ginecologista para que sejam realizados testes que permitam avaliar os níveis dos hormônios femininos circulantes no sangue, assim como exames ginecológicos de imagem e de avaliação da capacidade reprodutiva. Quanto antes feito o diagnóstico, melhor para a paciente”, finaliza o especialista da Huntington Pró-Criar.
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