
Após quase dois meses longe das redes sociais, a cantora e compositora Anitta apareceu com um novo visual, resultado de intervenções estéticas. A mudança gerou grande repercussão. Para a médica dermatologista, Dra. Silvia Zimbres, formada pela USP e com mais de 20 anos de experiência, é preciso tratar o tema com respeito: “Antes de tudo, é importante lembrar: o rosto é dela, as decisões também. Ficar apontando, especulando ou julgando não contribui para um debate saudável sobre autoestima, bem-estar e saúde mental”.
Primeira mulher latino-americana a realizar um procedimento injetável ao vivo no palco do AMWC, em Mônaco (2022), diante de 12 mil profissionais da área, Dra. Zimbres destaca que o papel do médico é orientar, nunca julgar. “Sempre digo aos meus pacientes que existem dois caminhos legítimos: o das alterações sutis e o das grandes transformações. Ambos são válidos, desde que respeitem o desejo genuíno de quem busca o procedimento. Meu compromisso é conduzir esse processo com ética e responsabilidade.”
A médica também chama atenção para um ponto essencial: grandes transformações não são sinônimo de exagero. “Muitas vezes, são necessários diferentes procedimentos para alcançar um resultado harmônico e natural, o que não deve ser confundido com artificialidade. A pergunta mais importante não é “o que ela fez?”, mas sim: “ela está feliz com o que vê no espelho?” Para Zimbres, essa é a resposta que realmente importa. “Anitta é uma mulher jovem, talentosa e bem-sucedida. Que ela se transforme da forma que quiser, por dentro ou por fora, e que a sociedade aprenda a respeitar essas escolhas.”
“Acredito que precisamos ter empatia e nos colocar no lugar do outro. Será que alguém gostaria de ter seu rosto analisado publicamente, com pessoas tentando adivinhar o que foi feito? O rosto é dela, o corpo é dela, o dinheiro é dela, e isso não deveria fazer diferença para ninguém”, afirma a médica que é adepta à Slow Dermatology, prática que defende o tempo, a escuta ativa, a ética e o embasamento científico na atuação dermatológica

Sobre a Dra Silvia Zimbres – médica dermatologista formada pela USP, com mais de 20 anos de experiência. Referência mundial. Foi a primeira mulher latino-americana a realizar um procedimento injetável ao vivo no AMWC (Mônaco, em 2022) para 12 mil pessoas. É conferencista nos principais congressos médicos no mundo. É autora de dezenas de artigos médicos e coordenadora de dezenas de cursos hands-on oferecidos para profissionais médicos do Brasil e do mundo. É também consultora dos grandes players da indústria farmacêutica. Acaba de lançar o Instituto Zimbres, voltado à educação médica continuada e a Slow Clinic, que tem como a pele saudável a porta de entrada para tratar o paciente de forma integral. Ambos sediados em São Paulo.
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