
“Há muito o que comemorar”, reverberam em uma só voz os cinco integrantes da banda. “Comemorar a parceria de mais de duas décadas, o reconhecimento de nossa história na capital mineira e em breve o lançamento de um novo EP ”, completa Wilton Vagalume, vocalista e um dos fundadores do Kayajhama.
Ao todo estão previstos quatro apresentações em comemoração aos 25 anos de trajetória. O primeiro acontece a partir das 16h, deste domingo, no Centro Cultural Liberalino Alves de Oliveira, na Lagoinha. A apresentação não poderia acontecer em melhor momento, pois em 13 de julho comemora-se o Dia da Amizade. Data vista como simbólica pela banda formada por Wilton Vagalume (vocal e compositor), Nego Bento (percussionista e compositor), Luciano Luiz (baixista), Diogo de Paula (baterista) e Wedson Teixeira (guitarrista) amigos de longa data e moradores do Aglomerado da Serra.
Para o show deste domingo, e demais a serem realizados no segundo semestre deste ano, estão previstas músicas inéditas como Negro Sonhador, Este Teu Rosto, O Acaso, Miragem Oculta e Cabeça Doida que farão parte do EP a ser lançado em agosto, além de músicas do CD Batendo de Frente, lançado em 2017 e que levou a banda a diversos palcos e festivais.
Com um repertório autoral que incorpora influências de cada integrante, como o rap de Nego Bento, o rock do Diogo e de Wedson, o blues de Luciano e o samba e black music de Wilton, tendo como fio condutor o reggae. É essa fusão de sons e estilos que caracteriza a Kayajhama, com arranjos que incorporam elementos de jazz, black music, hip-hop e MPB, além de metais.
Sobre a banda Kayajhama
O Kayajhama, cujo nome significa “encontro das ervas”, tem suas raízes na capoeira da década de 90, um movimento muito presente no Aglomerado da Serra e que proporcionou o surgimento de vários grupos. Além da capoeira, os movimentos como o Faverock e o Palco Hip-Hop foram cruciais para dar visibilidade e palco aos artistas da periferia. Desde que surgiu, a banda já se apresentou em diversos palcos de Belo Horizonte, incluindo a casa de shows Autêntica e participou de eventos como a Virada Cultural, Descontorno Cultural e o Festival Faverock.
Na cena autoral belo-horizontina, a banda se destaca por letras que abordam temas como negritude, ancestralidade e amor. Luciano Reis destaca que desde sua origem, a banda “tem buscado uma sonoridade bem eclética, que varia”, com um estilo mais dançante, alegre e para cima.
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