O envelhecimento populacional é uma conquista no Brasil e no mundo, e, com ela, cresce também a necessidade de cuidados em saúde. Para especialistas, cuidar da saúde da pessoa idosa de forma integral é essencial para melhorar tanto a vida dos idosos frágeis, quanto prevenir doenças e garantir um bem-estar prolongado para os idosos independentes e autônomos. Medidas como a realização de revisão dos medicamentos, controle de doenças crônicas e exames coordenados pelo Geriatra são fundamentais para proporcionar longevidade, autonomia e independência.
“Na fragilidade é comum que problemas de saúde se acumulem, exigindo uma visão integral e especializada para o cuidado. É por isso que a coordenação dos cuidados e exames específicos se tornam tão importantes, além do monitoramento das doenças existentes, como sarcopenia, enfisema, insuficiência cardíaca, depressão, transtorno neuro cognitivo, hipertensão e diabetes, que são bastante prevalentes nessa faixa etária”, explica o médico do Hospital Felício Rocho, Leonardo Florencio,
Além dos cuidados médicos, manter-se fisicamente ativo, ter uma alimentação equilibrada e manter laços sociais podem impactar diretamente na saúde e bem-estar dos idosos. Segundo o especialista, a interação social e o envolvimento em atividades físicas e cognitivas têm sido apontados como fatores que melhoram a longevidade e a qualidade de vida. “O cuidado com a saúde da pessoa idosa precisa ir além do tratamento de doenças; ele deve incluir também a prevenção e a promoção do bem-estar. O idoso que se cuida, realiza o seu acompanhamento com o Geriatra e mantém uma vida ativa consegue enfrentar os desafios da idade com mais disposição e saúde.”, destaca.
A situação dos idosos no Brasil
O Brasil está vivenciando um processo acelerado de envelhecimento populacional, uma conquista social significativa que reflete a melhora nas condições de vida. Esse avanço é fruto de fatores como maior acesso a serviços médicos preventivos e curativos, evolução da tecnologia médica, ampliação do saneamento básico, aumento do nível de escolaridade e renda, entre outros.
A saúde da pessoa idosa no país é caracterizada por três principais desafios: doenças crônicas, problemas de saúde agudos causados por fatores externos e o agravamento de condições crônicas. Isso significa que muitos idosos convivem com doenças prolongadas e enfrentam riscos de doenças ou perda da independência e autonomia decorrentes de acidentes ou emergências médicas. Apesar disso, é importante notar que essas condições crônicas nem sempre limitam as atividades diárias dos idosos, sua participação social ou sua capacidade de contribuir para a sociedade.
Em nível global, o envelhecimento populacional ganhou destaque em 2002 com o lançamento do Plano Internacional para o Envelhecimento, promovido pela ONU durante a Conferência de Madri. O plano buscava assegurar um processo de envelhecimento seguro e digno para pessoas de todas as regiões, defendendo o direito dos idosos ao pleno exercício da cidadania. Mais recentemente, em dezembro de 2020, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou a Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030) como uma estratégia global para promover uma sociedade inclusiva e valorizadora de todas as idades.
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